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‘Dilma não foi omissa em momento algum’, diz Luiz Antônio Pagot

Último Segundo

Diretor afastado do Dnit isentou presidenta por problemas em obras do PAC e rebateu a tese de que o órgão tem ‘DNA corrupto’.

Pagot manteve tom técnico durante depoimento que deu nesta terça-feira ao Senado

Em cinco horas de depoimento no Senado, o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot negou que tenha havido arrecadação de dinheiro para o PR ou para a campanha da presidenta Dilma Rousseff dentro do órgão. “O PR não utilizou o Dnit para cooptar, para buscar dinheiro para os seus cofres”, disse Pagot, que foi ouvido em audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e Fiscalização e Controle. “Nego veementemente. São mentiras. (Não tem desvio) nem para a campanha da presidenta Dilma nem do meu partido nem para governador”, completou.

Frustrando as expectativas de que pudesse abrir fogo contra o governo, Pagot também isentou Dilma de responsabilidade por irregularidades em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tocadas pelo Ministério dos Transportes. Quando era ministra da Casa Civil do governo Lula, Dilma acumulava a função de coordenadora do PAC. “A ministra-chefe da Casa Civil não foi omissa em momento algum”, afirmou.

No depoimento, Pagot também saiu em defesa do então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Antes do depoimento, ele havia sinalizado que poderia comprometer Bernardo no esquema que derrubou o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Por fim, Pagot rebateu o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, por declarar que o Dnit tinha de DNA de corrução. “Não concordo. O Dnit é de gente que trabalha muito”, disse.

Afastado do cargo por Dilma assim que vieram à tona as denúncias sobre um esquema de corrupção nos Transportes, Pagot disse não saber sobre seu futuro. “No Dnit ou fora do Dnit, ninguém vai tirar minha capacidade de trabalho. Eu vim da iniciativa privada e estou doido para voltar à iniciativa privada. Só depende de uma pessoa eu continuar no Dnit: a presidenta da República”, afirmou.

Aliado e reponsável pela indicação de Pagot no governo, o senador Blairo Maggi (PR-MT) defendeu a sua volta ao cargo. “Se houver qualquer confirmação do que foi aventado nessas matérias (reportagens na imprensa), não há dúvida que serei o primeiro a pedir para que Pagot se afaste. Agora se não houver nenhum empecilho, ele pode continuar. Mas a decisão cabe à presidenta Dilma”, disse Maggi. Oficialmente, Pagot disse estar em férias. Amanhã, ele será ouvido numa comissão na Câmara.

Ao falar sobre a atuação do Dnit e o funcionamento do órgão, Pagot disse que a maioria das iniciativas foram ‘acertadas’. “Infelizmente muita coisa a gente tem errado, mas na maioria das coisas a gente tem acertado”, disse Pagot. “Órgãos de controle são anjos da guarda para a gestão pública. Não afirmo que não exista ilícitos. Trabalhamos para evitá-los”, completou. Ele afirmou ainda que seu sigilo bancário está aberto. “As minhas declarações de imposto de renda estão disponíveis”, disse Pagot. “Eu defendo e acredito nesse governo”, disse.

Oposição não desiste

Apesar do depoimento morno de Pagot, a oposição vai insistir na criação de uma Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no ministério dos Transportes. “Só com uma CPI para a gente convocar procuradores, fazer contraditórios, quebrar sigilos”, afirmou o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). Segundo ele, Pagot confirmou que já se esperava. “Ele se defendeu das irregularidades e poupou o governo. Seguiu o scripit acertado”, completou Demóstenes.

Para se abrir uma CPI no Senado são necessárias 27 assinaturas de senadores. Até o momento, a oposição reuniu 23 nomes. O DEM e o PSDB apostam numa crise na base aliada para conseguir mais quatro assinaturas. A esperança é uma rebelião no PR. Setores do partido foram contra a confirmação de Paulo Sérgio Passos como ministro titular no lugar de Alfredo Nascimento.

Hoje nenhum representante do PR participou do almoço promovido pela ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com integrantes da base aliada no Congresso. No Senado, contudo, Passos obteve apoio dos senadores. A resistência a ele está restrita a setores da bancada da Câmara, principalmente na figura do deputado Valdemar Costa Neto (SP), que é secretário-geral do PR. Hoje o partido ainda deverá se reunir para discutir a promoção de Passos de ministro interino para titular.

“Eu apoio Passos desde a semana passada. Não haverá problema por aqui”, disse o senador Clésio de Andrade (PR-MG). “Ontem (segunda-feira), o líder da bancada Magno Malta também anunciou seu apoio ao ministro. Passos é um técnico competente “, completou Andrade.

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