Último Segundo
Proprietário de estabelecimento presta depoimento em delegacia do centro do Rio. Acidente deixou três mortos e 17 feridos.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouve na tarde desta segunda-feira (17) o dono do restaurante Filé Carioca onde ocorreu a explosão que deixou três mortos e 17 feridos na última quinta-feira (13), no centro da capital. Carlos Rogério do Amaral chegou chorando à 5ª Delegacia (Avenida Gomes Freire, no centro). No dia da explosão, ele ficou em estado de choque e foi internado em um hospital particular.
No último fim de semana, peritos da Polícia Civil acharam seis cilindros de gás em meio aos escombros do restaurante. O estabelecimento, segundo o Corpo de Bombeiros, não tinha autorização para usar gás. Ao contrário do que sustentara o advogado de Carlos Rogério, Bruno Castro, os cilindros de gás ficavam em local confinado e tinham sido mal instalados, afirmou o delegado responsável pelo inquérito, Antônio Bonfim, da 5ª DP.
“Eles (o advogado, em nome dos responsáveis pelo restaurante) disseram que estava em local arejado. Não é verdade. Eles criaram o ambiente ideal para um resultado dessa ordem.” Segundo Bonfim, descobrir o que causou a ignição é o que “menos importa”. “Havia tudo para uma tragédia de grande proporção. Já temos as responsabilidades definidas na cabeça. É uma sucessão de atos que conduziram para uma situação caótica.” Quatro pessoas que se feriram na explosão permanecem internadas, sendo três em estado grave.