2012: PCdoB insistirá em candidaturas

Tribuna da Bahia

Apesar de o governador Jaques Wagner (PT) ter apelado pela unidade da base de sustentação nas eleições 2012, durante a Conferência Estadual do PCdoB nesse fim de semana, cada sigla deve usar de sua estratégia de convencimento, referente à pretensão de lançamento de candidaturas em alguns municípios baianos.

Pelo menos esse foi o recado dos comunistas que deixaram mais uma vez claro que não devem recuar no desejo de postularem as prefeituras de algumas cidades, em especial naquelas que terão segundo turno, caso de Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana.

Em conversa com a Tribuna, o presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida, reconheceu a necessidade de unificação em torno do projeto estadual, porém sinalizou que nos lugares em que o partido estiver mais forte deve prevalecer a candidatura da sigla, em caso de enfrentamento com os demais da base.

Conforme já foi antecipado, a agremiação deve entrar em confronto inicial com o PT em grandes cidades do Estado. “Temos plena concordância com o governador e há realmente um desejo de que os partidos da base do governo devem estar juntos, mas entendemos que essa unidade pode se dar em torno de candidatos de qualquer partido dessa mesma base”, enfatizou.

Segundo ele, em alguns haverá “um esforço de que nossa candidatura aglutine as forças e o governador vai observar isso, podendo haver dessa forma candidato do PCdoB, ou candidato do PT ou de outros”. Ele acrescentou que o fato de enfrentar o PT em alguns municípios não significa dizer que “o PCdoB estará se afastando do projeto que participa”. Segundo o dirigente estadual, há uma tendência forte de crescimento da sigla em 2012. O partido deve ter candidato a prefeito em 96 municípios e mais de mil candidatos a vereador em toda a Bahia. “A participação revela que tivemos um crescimento da ordem de 100% em relação a 2008”, acentuou.

PETISTAS – A união dos partidos teria sido a principal decisão apresentada pelos petistas em reunião do diretório estadual com participação do governador Wagner e de prefeitos no fim de semana. “Aprovamos a resolução que prioriza a aliança da base e defende que o PT busque unificar a força da base de Wagner”, disse o dirigente estadual do partido, Jonas Paulo.

Além disso, eles também apresentaram condicionantes para possíveis parcerias com o PMDB e o PR no próximo ano. Conforme Jonas, não está descartada a aliança com os partidos que estão na bancada de oposição na Assembleia Legislativa, porém isso só deve acontecer caso “eles não estejam alinhados com o DEM e o PSDB”. Assim como os comunistas, o petista também ratifica que onde o PT estiver com maior potencial de crescimento o partido apresentará candidatura, caso não, apoiará a postulação de algum aliado. “Nossa ideia é a de construir o palanque para o governador participar”, frisou.

O PT quer ampliar o número de prefeituras na Bahia, passando de cem. “Estamos bem e nessa reunião pudemos contar também com a presença dos novos filiados. Aqueles que esperavam que o PT iria se fraturar se enganaram”, alfinetou.