WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hospital samur

vic park vitoria da conquista

secom bahia

diamantina toyota

pel construtora

pmvc

sonnar

cmvc

fainor

unimed sudoeste

sufotur

herrera hair institute

vca construtora

VCA rede axegu

natanael a honra do cla

Daniel Castro: Ancine passa a ter ‘plenos poderes’ na TV paga e faz previsões para a TV aberta

R7

A ideia de uma agência que regulamente a TV aberta causa calafrios nos executivos das emissoras. Há quase dez anos, uma tentativa de transformar a Ancine (Agência Nacional doCinema) em Ancinav (Agência Nacional do Audiovisual), o que englobaria TVs aberta e paga, foi duramente combatida, principalmente pela Globo.

Programas como o "Big Brother Brasil" nunca deixarão de fazer sucesso, prevê a Ancine

Mas o fantasma da Ancine sobre a TV persiste. Com a aprovação do PLC-116, que permitirá a oferta de TV a cabo pelas telefônicas, a agência ganhou poderes sobre a TV paga. Vai regulamentar as cotas de conteúdo nacional nos canais por assinatura. À Ancine, caberá determinar até o que é horário nobre.

Embora não tenha influência sobre a TV aberta, a Ancine a observa atentamente. Prova disso é um documento publicado em abril deste ano, chamando Mapeamento da TV Aberta. A imprensa praticamente ignorou o levantamento, que não traz novidades, de fato. Na época, foram publicadas apenas algumas notas sobre um dos aspectos apontados pelo o estudo, o de que a CNT é a rede aberta com maior espaço de programação ocupado por igrejas.

O estudo traz um panorama jurídico do setor (de como funciona o sistema de outorgas de canais, quem fiscaliza etc), além de números de emissoras por tipos de outorgas (comerciais, educativas, retransmissoras etc) e um quem-é-quem neste mercado. O sétimo capítulo, dedicado aos “cenários”, merece aqui uma reprodução quase na íntegra:

1) A Ancine “espera uma amplificação do debate sobre o marco regulatório do setor de radiodifusão”. Em outras palavras, a agência defende uma nova lei que regulamente a televisão aberta, uma vez que o principal documento legal do setor é uma lei de 1962, o Código Brasileiro de Radiodifusão. Em vários momentos no documento, a Ancine reclama a falta de regulamentação de artigos da Constituição de 1988, como o que prevê uma televisão com finalidades artísticas e culturais. Para horror das emissoras de TV, a Ancine quer que as propostas esquerdistas da Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), realizada no ano passado, sejam consideradas nessa discussão de um novo marco regulatório.

2) A Ancine prevê “pouca e lenta mobilidade do parque industrial (estações emissoras) entre as maiores redes de TV: Rede Globo, Record, SBT e Bandeirantes”. Informa que há 3.173 canais vagos, destinados para as redes abertas, mas nada deve mudar nos próximos anos.

3) A Ancine critica a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a quem compete fiscalizar o espectro de frequências. Diz o documento: “A Anatel detém dados técnicos e administrativos sobre as emissoras e suas redes, mas não emite estudos sobre propriedade cruzada nas suas relações. Mesmo quanto à fiscalização das outorgas vencidas, encontramos muitas em situação irregular, com até 20 anos à espera de providências”. Pode-se deduzir que a Ancine, caso venha a regular o setor, será rigorosa na questão da propriedade cruzada (o controle de diferentes mídias, como jornais e internet, por uma rede de TV).

4) Para a Ancine, “a líder em audiência (TV Globo) e, consequentemente, em contratos publicitários, permanecerá inalcançável pelos próximos anos”.

5) Mas, prevê a agência, a aprovação do PLC-116 (o que abre a TV a cabo para as teles e cria cotas nos canais pagos), ocorrida em agosto, e a execução do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) “poderão alterar o resultado da partilha do bolo publicitário nos próximos anos”.

6) A Copa do Mundo e a Olimpíada no Brasil “tenderão a impulsionar todo o mercado audiovisual (infra-estrutura, tecnologia e produtos/serviços)”.

7) A Ancine tem um posicionamento até sobre a programação das redes. Diz o Mapeamento da TV Aberta: “Programas de entretenimento continuarão liderando a preferência, no entanto, com formatos ao vivo, além de reality show de pessoas comuns. Programas híbridos (gêneros e formatos misturados) também terão espaço na televisão”.

8 ) “As janelas [intervalos] entre a exibição de obras cinematográficas no cinema, DVD, TV paga e TV aberta tendem a diminuir”.

9) “A digitalização do conteúdo é um caminho sem volta, assim como a convergência entre as mídias, conforme o desejo do consumidor/usuário. A tela de TV já se apresenta como um portal convergente com serviços de dados e voz sobre IP [internet]. O conteúdo em 3D e o ultra high definition se popularizarão em breve”, prevê a agência.

10) Lideradas pela Globo, as redes brasileiras aumentarão a exportação de conteúdo.

11) Por fim, a Ancine vislumbra uma melhora na medição de audiência, por parte do Ibope, e, “em função de possíveis mudanças na cadeia de valor e dos níveis de interatividade, espera-se o surgimento de novas oportunidades de negócios voltadas à exploração das funcionalidades advindas da TV digital”, como “produtores de metaconteúdo” e comércio eletrônico pela TV.



Leia também no VCN: