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Empresários de turismo pedem consulado americano na capital baiana

Correio

A Bahia é o estado do Nordeste que mais emite turistas e imigrantes para os Estados Unidos.

EUA já anunciou que deseja ampliar o número de concessão de vistos aos brasileiros, e diminuir as filas nos consulados

A Bahia é o estado do Nordeste que mais emite turistas e imigrantes para os Estados Unidos: segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), são cerca de 30 mil vistos emitidos todo ano. Mesmo assim, o consulado americano do Nordeste fica em Recife (Pe).

Por isso, desde 2001, os baianos que decidem viajar para os Estados Unidos têm também que programar uma visitinha à capital pernambucana, para tirar a documentação. Isso no mínimo, porque há opções mais distantes e caras: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Agora imagine ter que faltar trabalho, gastar com passagem, hospedagem, transporte, alimentação… e voltar sem o visto. Foi o que aconteceu com o estudante de Administração Gabriel Vital dos Santos Silva, de 20 anos. Na época, ele estava prestes a completar 15 anos e ia ganhar a tradicional viagem à Disney de presente do pai.

“Como eu era menor não precisei ir. Meu pai levou toda a documentação, passou por todo o processo, entrevista… e no final, a resposta foi que eu ‘não tinha perfil para ingressar no país’”, relata Gabriel. O jovem não fez a viagem naquela ocasião, mas não desistiu e, dois anos depois, repetiu a via crucis. Desta vez com sucesso.

A comerciante Lêda Maria Nunes Costa também não tem boas lembranças de quando foi tirar seu visto, em novembro passado. Isso porque teve que fazer o ‘passeio’ em Recife duas vezes. “Deu um problema com minha impressão digital e tive que voltar lá depois”, lembra. “Foi passagem, hospedagem, táxi… tudo de novo. E quando cheguei lá, era coisa de cinco minutos. Se tivesse o consulado aqui ia resolver rapidinho”, se revolta a comerciante.

Depois dos atentados

Nem sempre foi assim. Antes do atentado terrorista às torres gêmeas, em 11 de setembro de 2001, tirar um visto americano era bem mais fácil. “Lembro que preenchi o formulário pelo site e mandei tudo pelo correio”, recorda o representante comercial Rodrigo Oliveira. Ele viajou no ano passado pela segunda vez e criticou o fato de ter que viajar para responder a uma entrevista tão curta. “Eles só me perguntaram qual era meu objetivo lá e quanto tempo eu ia ficar”, descreveu.

Rodrigo faz parte das “categorias de baixo risco” que terão a entrevista dispensada, conforme anunciou na quinta-feira o presidente americano Barack Obama. O que, na prática, vai mudar muito pouco, segundo o especialista Olavo Henrique Furtado, coordenador de MBA da Trevisan Escola de Negócios.

“Tecnicamente não muda muita coisa. Mas é um sinal que Obama está querendo ser bem quisto na América Latina”, opina furtado. Ele também explica que, para sair da crise, os EUA estão apostando Fuem alternativas, como o turismo.

transtorno A diretora da ETC Intercâmbio na Bahia, Vanessa Moreira conta que os estudantes reclamam muito de terem que ir a Recife para tirar o visto. “Eles não chegam a desistir, quem quer ir pros Estados Unidos, quer ir de qualquer jeito, mas reclamam bastante”, diz. Segundo ela, o consulado cobra atualmente R$ 318 para tirar um visto de turista e R$ 398 para o de estudante.

Mas isso se o consulado fosse na Bahia. Segundo o presidente da Abav, Pedro Galvão, ter que viajar para tirar o visto encarece a viagem em cerca de R$ 1.500 por casal. Ele conta que no ano passado, a Associação se reuniu com o embaixador dos EUA para tentarem uma solução.

“Fizemos a proposta de a entrevista ser feita através de videoconferência, na sede da Abav. Ele disse ter gostado da ideia, mas não podia aprovar porque a constituição dos Estados Unidos é muito tradicional”, contou. O embaixador ficou de levar a questão para o senado e o congresso americanos, mas ainda não deu uma resposta.

Segundo a embaixada americana de Brasília, em 2011 foram processados 944.868 vistos no Brasil, o que significa um aumento de 51% em relação a 2010. A expectativa é que, com a decisão de Obama, até 2016 haja um crescimento de 274% do número de visitantes brasileiros nos EUA frente a 2010. No Brasil, 95% dos vistos solicitados são aprovados. A Secretaria de Turismo diz que não tem nenhum projeto de implantar consulado, mas apoia o pleito da Abav.

Entidades cobram o Visa Waiver

Agora que o governo americano decidiu flexibilizar a entrada de brasileiros no país, as entidades de turismo reivindicam que o Brasil seja incluído no seleto grupo de países que participam do Visa Waiver Program (programa de isenção de vistos, ou VWP). O VWP permite aos cidadãos de determinados países viajar para os Estados Unidos, por até 90 dias, sem necessidade de visto. O programa aplica-se aos 50 estados americanos, bem como os territórios de Puerto Rico e Ilhas Virgens, no Caribe, com aplicação limitada a outros territórios dos EUA. A maioria dos países escolhidos pelo governo americano para fazer parte do programa são economias de alta renda, com Índice de Desenvolvimento Humano muito alto. São, enfim, considerados países desenvolvidos.

Para o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Marcos Ferraz, esse sonho agora está mais perto. “A declaração do presidente Barack Obama é mais um passo para que, em breve, o Brasil possa fazer parte do grupo de países que dispõem do Visa Waiver. A decisão americana vem ao encontro do que defendemos, de flexibilizar ao máximo o visto entre os dois países o mais breve possível”, comemorou ontem. Ele lembra também que a Europa, que não exige o visto para os brasileiros, já tem em suas fronteiras toda a expertise necessária para a identificação de possíveis imigrantes ilegais. “Isso comprova que é possível conviver sem a rigidez americana. Além do que, o Brasil não tem histórico de terrorismo ou fanatismo de qualquer natureza”, observou. A entidade lidera uma campanha na internet pela isenção do visto americano para brasileiros, e vice-versa. Estima-se que, com a exigência do visto, o Brasil deixe de receber pelo menos 640 mil turistas americanos por ano.

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