Sob aplausos e com honras militares, corpo de marinheiro morto na Antártida é sepultado em Vitória da Conquista

Rede Bahia | G1

Velório foi realizado na Câmara Municipal de Vitória da Conquista. Corpo seguiu no carro dos Bombeiros para o cemitério Parque da Cidade.

Sob aplausos de populares, após ser velado na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, o corpo de Carlos Alberto Vieira Figueiredo, morto em um incêndio na Antártica, seguiu para o cemitério Parque da Cidade, onde foi sepultado na tarde desta quinta-feira (15).

A cerimônia foi marcada por emoção e homenagens ao segundo-tenente da Marinha que trabalhava na Estação Comandante Ferraz. Fotos da carreira militar do segundo-tenente e da sua relação familiar foram apresentadas e discursos foram feitos pela cunhada da vítima, irmã da viúva, por seus filhos e por um irmão, que leu um poema escrito para a homenagem. Carlos Alberto foi condecorado com a Medalha do Mérito Legislativo. A cerimônia contou ainda com a presença do prefeito Guilherme Menezes e sua equipe de governo, informou a assessoria de imprensa municipal.

O avião da Força Aérea Brasileira fez o transporte do corpo do Rio de Janeiro para Vitória da Conquista, aterrissando no município baiano por volta das 12h30 desta quinta-feira. Do aeroporto local, o segundo-tenente foi levado para o plenário da Câmara Municipal em um carro do Corpo de Bombeiros.

Homenagem
Os dois militares mortos no incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados no dia 28 de fevereiro, no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff, e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha.

Carreira militar  
Carlos Alberto Figueiredo estava há 29 anos na Marinha e a previsão era de que ele se aposentasse no próximo ano, segundo informações de filho. O segundo-tenente foi enviado para a Antártica em março de 2011 e deveria voltar ao Brasil no próximo mês. De acordo com o relato do filho, Carlos Alberto se comunicava diariamente com a família, tanto por telefone quanto pela internet, e na última conversa teria reforçado o retorno dizendo que as malas já estavam arrumadas.

Entenda o acidente
A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada de sábado (25), que matou dois militares e feriu um. A Marinha do Brasil afirmou em nota no domingo que 70% das instalações da estação foram destruídas. Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.