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Seca pode trazer prejuízos de R$ 8 bilhões à Bahia, diz Gabrielli

Tribuna da Bahia

O secretário defendeu a adoção de mais medidas cíclicas, pois segundo ele a seca também é um fenômeno cíclico, que ocorre em média a cada 25 anos.

A estiagem que já colocou em estado de emergência 239 municípios na Bahia pode causar prejuízo de até R$ 8 bilhões à agricultura baiana, segundo estudo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (Sei), divulgado ontem pelo secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli.

O levantamento se utiliza de dados da própria SEI do PIB municipal e das safras de cada produto (uma, duas ou três por ano), traçando três cenários, que apontam para perdas de 20%, 30% ou 40% de toda produção baiana. Na perspectiva mais otimista (uma colheita anual atingida), o prejuízo ficaria em R$ 4 bilhões. “O impacto econômico vai ficar entre estes dois extremos”, estima o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Luís Mário Vieira, um dos autores do estudo.

O pesquisador informou que 70% da produção baiana de feijão está ameaçada, pois se localiza entre os 239 municípios atingidos pela estiagem, já considerada a pior enfrentada pela Bahia. Nesta mesma situação encontra-se 55% da produção de café, 90% da de cebola, 80 da de sorgo (grão aproveitado na ração animal), 50% da de milho, e 70% da de sisal.

“Esperamos que as coisas aconteçam no cenário mais otimista, mas temos que está mais preparados para o pior”, disse Vieira. Alguns veículos de comunicação divulgaram que as perdas financeiras vão variar de R$ 3,8 bi a R$ 7,7 bi, mas este dado se baseia numa prévia do estudo, com base em 202 cidades, explica o coordenador.

No programa de rádio Encontro com Gabrielli, o secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, comentou a pesquisa da SEI – órgão vinculado à Seplan – ressaltou que os setores de comércio e serviços são afetados pela estiagem, considerada a pior na história baiana.

O longo período sem chuvas consistentes dificulta o acesso à água, impulsiona a elevação do preço de alimentos, leva à morte de animais, faz desmoronar o valor do gado. Tudo isso reduz a circulação de dinheiro nas áreas mais afetadas e prejudica ainda mais a economia local. A previsão é de que estas atividades tenham perdas correspondentes à metade do percentual estimado para a área agropecuária, isto é, de 10% a 20%, a depender do grau de severidade da seca atual.

Conforme nota técnica da SEI, no estágio atual a estiagem engloba “21 territórios de identidade e uma área aproximada total de 309,2 mil km2, correspondente a 55,0 % da área total do estado. A população desses municípios representa 38% do total do estado (5,3 milhões de pessoas), sendo que, conforme Defesa Civil, quase 2,4 milhões de pessoas são diretamente afetadas pela seca”. Considerando o estudo em 205 cidades, a seca afeta o equivalente a 55% do território do estado, 17% da população, 21% do Produto Interno Bruto total e 32% do PIB agrícola.

Perdas atingirão a pecuária

A região afetada pelo longo período sem chuva concentra ainda 95% de todo o rebanho caprino baiano (o maior entre todos os estados brasileiros), 90% do rebanho ovino (2º do país) e 49% do rebanho bovino, conforme dados do secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles. No setor pecuário, conforme o gestor da Seagri, uma parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está viabilizando a distribuição de milho para ração e a compra de rezes despadronizadas dos pequenos produtores baianos.

Na produção agrícola, Salles confirma que a agricultura familiar está sendo a mais penalizada – em outros setores, o aparato de irrigação mantém a produção. Somente no cultivo de milho, os pequenos produtores devem ficar sem 80% a 90% na safra. A expectativa da Seagri é que a ampliação em 90 mil hectares da área plantada no oeste compense. O café do sudoeste, especialmente em Vitória da Conquista, e da Chapada também sofre em 80%, embora o Oeste e Extremo Sul estejam ainda preservados.

A estiagem na Chapada chegou, por exemplo, na cidade de Piatã, destaque nacional no segmento cafés especiais. Mesmo no oeste mecanizado, Eduardo Salles prevê uma perda de produtividade de 16% no cultivo de soja. “No ano passado, a produtividade (da soja) foi de 56 sacos/hectare. Este ano a previsão é de 47 sacos por hectare”, disse. Na safra geral, a sojicultura deve acumular queda de 7%, contando com um aumento na área plantada de 7%.

Efeitos

O secretário José Sérgio Gabrielli defendeu no programa de rádio a adoção de mais medidas cíclicas, pois a seca, por se tratar de um fenômeno cíclico, acontece a cada período de 20 ou 25 anos (em média). “Na última grande seca que tivemos, em 1982, os efeitos sobre a vida das pessoas foram muito mais dramáticos do que os de hoje. Estamos cada vez mais preparados para enfrentar esse fenômeno”, disse, ao completar que as atividades econômicas estão mais diversificadas.



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