Tribuna da Bahia
Enquanto os candidatos iniciam suas estratégias para conquistarem a preferência do eleitorado, a campanha começa causando desconforto para os soteropolitanos.
Com o início da campanha eleitoral, começa a disputa entre os candidatos por espaços nas principais ruas e avenidas de Salvador para a divulgação de seus nomes. Placas, bandeiras, cavaletes e muros pintados com números, nomes e fotos dos principais candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito já podem ser vistos em vários pontos da cidade, causando poluição visual tanto para quem mora e visita a capital.
Na Avenida Paralela, por exemplo, já é possível observar varias placas colocadas em cima da grama nas proximidades do Tribunal Regional do Trabalho (TRE). Na Avenida Bonocô, na Pituba e na região da Orla, muros de casas, estabelecimentos comerciais e prédios residenciais estão sendo utilizados pelos candidatos para divulgar a campanha. No momento, os que mais aparecem nas propagandas espalhadas por toda a cidade são: ACM Neto, Nelson Pelegrino e Mário Kertész.
Enquanto os candidatos iniciam suas estratégias para conquistarem a preferência do eleitorado, a campanha começa causando desconforto para os soteropolitanos por conta da poluição visual. O taxista Higino Rossi, 31 anos, ressaltou que deveria haver uma lei que permitisse propagandas eleitorais apenas em veículos de comunicação. Para ele, a cidade que já apresenta aspecto de sujeira diariamente, neste período fica ainda pior.
Os candidatos sujam a cidade e após a campanha esquecem de fazer a limpeza. Em vez de gastar dinheiro poluindo visualmente a cidade, eles deveriam cuidar mais, inclusive tapando os buracos para evitar que as pessoas sofram prejuízos”, argumentou Rossi, enquanto trocava o pneu de seu carro na Avenida Bonocô, após cair em um buraco. Enquanto alguns reclamam do excesso de propaganda nas ruas, outras ganham dinheiro contribuindo com a poluição.
Quem passou ontem pela Av. Paralela pôde observar algumas pessoas com bandeiras de candidatos. “Estava desempregado recebi a proposta para ganhar R$1.300 por mês para trabalhar fazendo a divulgação de um vereador, resolvi aceitar”, argumentou Joedson da Cruz.
Na campanha, são proibidos propaganda em outdoors, showmícios ou eventos, além da distribuição, de brindes, camisetas, chaveiros, bonés, canetas, cestas básicas ou outros bens ou materiais que possam proporcionar beneficio ao candidato.
Aquele que desrespeitar essas vedações pode responder por prática de compra de votos, emprego de propaganda proibida e, se for o caso, por abuso de poder. Não é permitido também qualquer tipo de propaganda eleitoral nos bens públicos; de uso comum, como postes de iluminação, sinais de trânsito, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus.