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Lançando álbum, Lobão critica: “a música brasileira beira a demência”

Terra

Cantor fala sobre o disco, polêmicas, prisão, tentativas de suicídio, política e sobre o atual momento da música brasileira.

Um dos nomes mais controversos da música brasileira, Lobão já brigou com meio mundo, já usou muita droga, já tentou se suicidar, já foi preso, já lançou uma autobiografia, já fez músicas antológicas. Agora o músico, famoso pelas declarações polêmicas, se prepara para lançar seu novo trabalho, Lobão Elétrico Lino, Sexy & Brutal – ao vivo em SP, gravado em outubro de 2011 e disponível em CD e DVD. O show de lançamento será sexta-feira (5) no Cine Joia, em São Paulo.

O cantor, que define o trabalho como “um instantâneo de um show no meio de uma turnê”, também já declarou que essa é a primeira vez em 35 anos de carreira que consegue “espelhar emoções aterrorizantemente belas”. O DVD é composto por 18 faixas, entre elas O Rock ErrouNão Quero Seu Perdão e Das Tripas Coração, em homenagem aos amigos Julio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves.

Nesta entrevista concedida por email, Lobão fala sobre o disco, comenta algumas das polêmicas que envolvem sua vida, como a prisão e as tentativas de suicídio, opina sobre as eleições deste fim de semana e sobre o atual momento da música brasileira. E mostra que continua o mesmo polemista de sempre. “É ridículo, beirando a demência. Principalmente os MPBzóides”, disparou, ao ser questionado sobre o cenário da música brasileira atualmente. Confira a seguir a entrevista.

O que o público vai encontrar em Lobão Elétrico Lino, Sexy & Brutal – ao vivo em SP? Como você definiria esse trabalho?
Um show lino,sexy e brutal. Um instantâneo de um show no meio de uma turnê.

Você disse que sempre achou que “a música tinha que espalhar emoções aterrorizantemente belas” e que conseguiu agora, depois de 35 anos. Por que só com esse trabalho você consegue isso?
Estou com mais domínio no meu ofício. Estou sabendo timbrar e pilotar uma mesa de som. Estou tocando e timbrando guitarra direito, gostando, finalmente, de cantar. Arranjei todas as canções e aprendi a compor.

Em entrevista ao Terra recentemente, você disse que o maior pecado do rap é não ter humor e que hoje em dia o funk é mais “rock’n’roll”. Como você vê o cenário da música brasileira hoje?
Ridículo, beirando a demência. Principalmente os MPBzóides.

Como você vê o sertanejo universitário? Conhece alguma coisa?
Acho uma merda.

O que podemos esperar de seu próximo livro, O Manifesto do Nada na Terra do Nunca? Vai ser sobre o quê?
Sobre o que eu acho do Brasil, da cultura e da política que são praticadas por aqui.

Como você avalia o Ministério da Cultura hoje? O que achou da substituição de Ana de Hollanda por Marta Suplicy?
Acho que não deveria haver Ministério da Cultura. Aquilo é uma mamata de dar grana pra artista consagrado e sem vergonha e pra empresário salafrário.

Você já disse ter se arrependido de fazer campanha para o PT até 2002. Vai votar em quem nessas eleições?
Eu não quero sair de casa! Seria uma falta de higiene sair para votar com as opções a nós oferecidas.

Você rompeu com a indústria fonográfica ainda nos anos 90. Hoje novos artistas estão optando pelo crowdfunding para financiar seus trabalhos. Esse é um caminho para os artistas independentes?
Olha… Eu aprendi que não posso responder por ninguém além de mim mesmo.

Você já disse que rock no Brasil é cópia. Como vê o rock brasileiro hoje?
Hoje o rock simplesmente não existe. Não tem rádio, não tem mais segmento. As revistas que supostamente falam de rock colocam artistas globais em suas capas.

Você se considera um roqueiro?
Eu faço MPB. Tenho muita influência do rock, assim como do samba, da bossa nova, do choro…

Você já disse que Gil, Caetano, Hermano Vianna, a Conspiração (produtora de filmes), Asdrubal Trouxe o Trombone, Regina Casé e outros formam um conglomerado da música brasileira, que você só é alguém se passa por ali. Acha que é assim ainda hoje? 
Mas isso é claro como água. As pessoas deveriam ter vergonha na cara e dar um bypass nessa galera.

De quem você se sente mais próximo hoje na música brasileira?
De ninguém.

Na sua autobiografia, você relata vários episódios traumáticos e polêmicos, como as tentativas de suicídio, a prisão, o suicídio da sua mãe, as confusões com Herbert Vianna. Como tudo isso afetou a sua música?
Sou um artista bem mais criativo por potencializar meus problemas canalizando-os para coisas criativas. É um processo de cura muito eficaz e belo.

Você já se negou a participar de uma campanha contra a pirataria. Por quê? Pretende disponibilizar esse novo trabalho para download na internet?
Isso já faz tanto tempo que nem referenciais tenho agora para alguém entender. Parece que isso foi numa outra vida.

Você ficou rico com a música?
Ainda não. Mas estou fazendo de tudo para ter o que realmente mereço.

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