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Sem confronto, polícia do Rio domina favelas de Jacarezinho e Manguinhos

G1 | Globo News

Mais de dois mil homens, entre policiais e militares, ocupam favelas no Rio. Ação para a retomada dos territórios que receberão UPP durou 20 minutos.

A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro informou que as favelas de Manguinhos e de Jacarezinho, no subúrbio do Rio de Janeiro, foram totalmente dominadas pelas forças policiais que realizam, desde a madrugada deste domingo, uma operação de pacificação nas comunidades. Não houve confrontos e as polícias, com apoio dos Fuzileiros Navais e de efetivos da Polícia Rodoviária Federal, não encontraram resistência para dominar os territórios. A ação nas duas comunidades durou apenas 20 minutos.

Policiais do Bope durante vasculhamento em Manguinhos

Segundo o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, a ação em Manguinhos durou cerca de dez minutos. Mais cedo, por volta das 6h30, a Polícia Civil disse que a região de Jacarezinho havia sido totalmente dominada. “O principal indicador de sucesso é a retomada de território, sem vítimas. A máxima da política de pacificação é o mínimo de efeito colateral. Agora vamos atuar com o nosso serviço de inteligência para fazer prisões e mais apreensões de armas e drogas”, disse o coronel Caldas.

Por volta das 7h, contêineres chegaram à Favela de Manguinhos, para a instalação da base do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque da PM. Até o momento, o Bope afirma ter apreendido uma submetralhadora, 10 kg de maconha e um colete balístico das forças militares. Policiais disseram ter ouvido alguns tiros no início da ação, possivelmente disparados por criminosos em fuga..


De acordo com Frederico Caldas, não há registro de prisões até o momento. “Agora é um processo meticuloso de busca de drogas, de armas, e a prisão de marginais”, afirmou. “A situação é de absoluta tranquilidade, não houve qualquer registro de incidente. Mas a gente sempre está preparada para qualquer cenário. Ainda bem que não houve qualquer tipo de resposta. Entretanto, no entorno, é preciso que as pessoas estejam portando seus documentos, para facilitar o trabalho das polícias”, completou.

Mais de dois mil homens das forças policiais e do Exército participam da operação nas favelas de Jacarezinho, Manguinhos, Mandela e Varginha. A ação tem o apoio de 24 veículos blindados, sendo 13 da Marinha e 11 da Polícia Militar, além de sete aeronaves da Polícia Rodoviária Federal, da PM e da Polícia Civil. Segundo a Secretaria de Segurança, este é o primeiro passo para a implantação de uma UPP em Manguinhos.

Operação teve “fase silenciosa”

A operação no Jacarezinho e Manguinhos começou há mais de dez dias, numa fase chamada de “silenciosa” pela polícia. Mais de 30 pessoas foram presas ao longo da semana. Houve também grande apreensão de drogas e armas. Segundo Fernando Veloso, sub-chefe da Polícia Civil, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) vai ficar pelo menos até 8h de terça-feira na região. “A Polícia Militar precisa de mais um tempo para ocupar a área. O que nós vamos fazer é ter uma presença constante ali. As operações que nós já fazíamos vão ser intensificadas”

“A gente sabe que ainda há armas, há drogas lá. Muita coisa foi apreendida na fase antes da operação. Mas hoje nós estamos no terreno. A partir de agora a participação da sociedade fica mais importante ainda”, disse Veloso. Segundo o delegado-adjunto Sérgio Freire, da 21ª Delegacia, de Bonsucesso, o número de ocorrências na última noite caiu 60%, um efeito da preparação para a operação. Mesmo assim, duas pessoas foram presas – um homem com mandado de prisão por roubo e outro preso em flagrante por tráfico de drogas.

Bandeiras são hasteadas

As bandeiras do Rio de Janeiro e do Brasil foram hasteadas por policiais civis, do Bope e militares na Rua Nossa Senhora dos Navegantes, na Favela de Manguinhos, por volta das 10h deste domingo, como sinal de que o território foi tomado pelas forças de segurança. A ação foi acompanhada por moradores das comunidades, muitos deles crianças. O ato simboliza a retomada das comunidades pelas forças de segurança.

Polícia remove barreiras em favelas

As forças de segurança utilizaram veículos blindados e máquinas de perfuração na remoção de obstáculos instalados por criminosos para dificultar o acesso a áreas das favelas. Em uma das vias, barras de ferro foram colocadas no asfalto para impedir a passagem. Em uma das entradas de Manguinhos, policiais encontraram um bloqueio feito com manilhas. Para liberar a passagem, a polícia explodiu a barricada.

Usuários de crack são recolhidos

Mais de 100 usuários de crack foram retirados das ruas nos arredores das favelas do Jacarezinho e Manguinhos, na Zona Norte do Rio, e levados para abrigos. No grupo havia 15 menores. Assim que são recolhidos pelos assistentes sociais, os moradores de rua passam por uma triagem, onde é analisado o grau de dependência química. Os menores usuários de drogas são internados compulsoriamente.

“O acolhimento você tem oferta tanto para população de rua em forma geral quanto para os dependentes de drogas. A questão do crack é mais focada, porque o efeito da droga é avassalador”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Fátima Nascimento. “Elas estão ainda sob efeito da droga, por isso foram carregadas. Estão sendo levadas para os nossos centros de acolhimento”.

Segundo Fátima, usuários de drogas que precisarem de ajuda médica serão encaminhados para hospitais. Durante a ocupação de Manguinhos e Jacarezinho, usuários de crack foram encontrados consumindo a droga livremente ao longo de linha férrea em Arará, na região de Benfica. Na entrada de Jacarezinho, a polícia informou que um usuário da droga ficou ferido. Ele teria se assustado com a chegada de um helicóptero e foi socorrido por uma ambulância.

 

Comércio em favelas reabre

Três horas após o início da operação, moradores das favelas de Manguinhos e de Jacarezinho começaram a deixar suas casas e comerciantes abriram algumas lojas. Feiras populares de peixes, frutas e verduras estão funcionando próximas de um antigo ponto de venda de drogas, desativado com a chegada dos policiais. “Já está na hora de levantar as portas e tentar vender alguma coisa”, afirmou o proprietário de uma loja de tênis e bolas de futebol. “Não sei como vai ser a procura hoje, não. As pessoas ainda estão se ambientando com a polícia aqui”.

Moradores evitam falar sobre o tráfico de drogas e a criminalidade na região, mas afirmam que a chegada da polícia pode mudar a rotina. “Para a nossa família é muito melhor a polícia aqui, porque sempre que eu saía na rua via homens armados. Vivíamos com medo”, disse uma moradora de Manguinhos, de 20 anos.

Um senhor de 73 anos, morador de Jacarezinho há 32 anos, lembrou do tempo em que a região era calma e disse esperar que a favela volte a ser pacífica, sem a rotina de criminalidade vista nos últimos tempos. “Espero que agora tudo volte como era antes”, afirmou.

Moradores podem usar Disque-Denúncia

A Secretaria de Segurança pede aos moradores das favelas do Jacarezinho e Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que denunciem os criminosos dessas comunidades, ocupadas pelas forças policiais. Informações sobre os traficantes podem ser repassadas ao Disque-Denúncia, através do telefone 2253-1177.

A polícia também solicita a ajuda da população para identificar possíveis esconderijos de drogas, armas e objetos roubados. As autoridades temem que a violência e o tráfico de drogas aumente no entorno das favelas de Manguinhos e Jacarezinho, com a fuga dos criminosos. Por isso, o policiamento é reforçado não apenas dentro das favelas, mas também no entorno e em todos os principais acessos.

A Secretaria de Segurança alerta os moradores a andar pela comunidade com documentos de identificação. Os motoristas e motociclistas devem portar todos os documentos dos veículos, para facilitar o trabalhos dos policiais, que fazem blitzes nas comunidades do Jacarezinho, Mandela, Varginha, Manguinhos e arredores.

Cabral confirma UPPs

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, confirmou após a ocupação das favelas do Jacarezinho e Manguinhos que as comunidades terão, no futuro, a implantação de UPPs. Segundo ele, a estratégia não é sair das comunidades, e sim manter a presença policial.

“Essa é uma ação de pacificação, não é efêmera. Teremos UPPS em Manguinhos, Mandela, Varginha, e Jacarezinho em seguida. Como fizemos em outras comunidades. Nós ocupamos a Cidade de Deus e depois fomos inaugurando as UPPS”, afirmou o governador. “Como são comunidades muito próximas, mas diferentes, a gente ocupa todas elas e vai fazer uma estratégia de inauguração de UPPs, um processo muito criterioso da secretaria de segurança publica, de avaliação da estabilidade da comunidade”.

Segundo o governador, a implantação das UPPs nessas comunidades será planejada após troca de informações entre os setores de inteligência das polícias Civil, Federal, Militar e Rodoviária, além das Forças Armadas. “É mais um passo para a paz, na redução de homicídios, roubo a veículos, a residências, o efeito prático disso é uma vida mais tranquila para os cidadãos. Haverá uma resposta imediata na valorização imobiliária, valorização da vida”, disse.

Beltrame incentiva tropas

Antes de partirem para a ocupação, as tropas da polícia e da Marinha se reuniram no laboratório da Marinha, em Benfica, no Rio de Janeiro. Às 4h, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o chefe do Estado Maior Operacional da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto, foram ao local incentivar a tropa e acertar os últimos detalhes da operação.

O secretário desejou boa sorte a todos. “Meus parabéns, muito obrigado e boa sorte”, disse à tropa. Em seguida, os policiais cantaram o hino do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Militares e policiais deixaram o local logo depois da reunião, por volta das 4h45, e seguiram em um comboio para tomar suas posições na ação.

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