A Tarde
Após a intervenção no sistema, apenas 3 embarcações estão em operação. Meta da Agerba é disponibilizar 7 ferrys até o início do verão.
A espera média de 3h na volta do feriadão pelo sistema ferryboat neste domingo, 4, não foi a pior dos últimos meses, mas reflete os problemas no transporte marítimo iniciados com a administração da concessionária TWB e que ainda não foram solucionados pelo Governo do Estado.
Em entrevista exclusiva, o diretor-executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessôa, falou sobre a situação atual do ferryboat após a intervenção do governo na administração do sistema.
De acordo com Pessôa, o serviço ainda não é prestado “a contento”, pois apenas três embarcações estão em funcionamento. Quando há uma demanda maior de passageiros, como nos feriados, duas lanchas que realizam a travessia Salvador-Mar Gande passam a atracar em Bom Despacho, auxiliando no transporte de pedestres. “Nem sempre o Governo intervir no serviço público é bom. A Agerba não teve capacidade de fiscalizar ao longo do tempo (durante a administração da TWB). Se tivesse, o ferryboat não chegaria a esta situação”, afirma o diretor-executivo.
Pessôa anuncia que, até o início do verão, sete ferries vão realizar a travessia em pleno funcionamento. A próxima embarcação a retomar o transporte é a Agenor Gordilho, que aguarda a chegada de peças para o motor oriundas da Alemanha e da Noruega. “O Ana Nery já havia sido consertado por nós. Estamos correndo o máximo possível, mas sem causar danos ou quebra das peças. Todos os barcos já estão pintados com tinta da melhor qualidade. Isso é o mínimo, mas é necessário”, explica Pessôa.
O diretor ressalta ainda que as pessoas têm contribuído para o sistema ao viajarem de carro ou ônibus. “Agradecemos à população por utilizar a estrada mas, ao mesmo tempo, ficamos tristes porque não estamos prestando um serviço de qualidade. Nós queremos trabalhar e oferecer o serviço público que ela merece”.