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Bandeira de Mello esfria nome de Pet para futebol do Fla, e Ximenes cresce. Em festa pela vitória nas urnas, novo presidente afirma que sérvio não é a escolha mais provável entre as “três ou quatro” possibilidade analisadas.
Confirmada a vitória de Eduardo Bandeira de Mello na eleição para a presidência do Flamengo, os integrantes da Chapa Azul voltam suas atenções agora para o departamento que, como fazem questão de frisar, necessita de intervenção mais urgente: o futebol.
O grupo ainda não tem um nome definido para comandar o setor, e a articulação passa por uma conversa com o atual diretor-executivo, Zinho, e o técnico Dorival Júnior. Petkovic chegou a ser sondado e entrou na lista de possibilidades, porém Bandeira de Mello esfriou a chance do sérvio assumir o departamento na festa de comemoração em um bar próximo à sede da Gávea. A falta de experiência do ex-jogador como cartola pesa contra a escolha do seu nome.
– Não descarto, mas não é o mais provável. Temos três ou quatro nomes com os quais vamos conversar durante essa semana e escolheremos um. Não posso dizer quais são para não atrapalhar as negociações. O certo é que será alguém com competência comprovada para o cargo – explicou.

Entre os novos eleitos, um nome que ganha força é o de Felipe Ximenes, atualmente no Coritiba. Petkovic seria diretor de futebol de Ronaldo Gomlevsky (candidato à presidência, mas desistiu há uma semana e passou a apoiar Bandeira de Mello).
Wallim Vasconcellos, que assumirá como diretor geral do clube, afirmou que é possível a manutenção de Zinho e Dorival “desde que concordem com as nossas ideias e propostas para o futebol”. No entanto, os pares de Bandeira de Mello não trabalham com a hipótese de deixar o departamento como está. Com a chegada de um novo diretor, Zinho, se não perder o cargo, perderá poder. Uma reunião entre as partes deve acontecer nos próximos dias. – Devemos anunciar os novos nomes do futebol na semana que vem – limitou-se a dizer Wallim.
Retorno solitário para casa
Por volta de 0h15m desta terça-feira, Eduardo Bandeira de Mello girou a roleta de saída da Gávea. Pegou o carro para um trajeto curto. Dirigiu por cerca de 300 metros e cruzou as ruas Gilberto Cardoso e Fadel Fadel, ambas cujos nomes homenageiam ex-presidentes do Flamengo. Certamente um trajeto que ele percorreu centenas de vezes nos 34 anos de vida associativa. Mas, ao estacionar o carro, o administrador de 59 anos descobriu que as coisas mudaram.

Poucos minutos antes, emocionado, agradeceu a Zico e à torcida pela vitória na eleição presidencial. Mas só quando ultrapassou os muros altos da sede teve o primeiro contato com a vida real que o acompanhará no próximo triênio (2013 a 2015). Os familiares o aguardavam em uma pizzaria. Mas nem só de conhecidos e amigos seria a recepção.
Torcedores rubro-negros e militantes da Chapa Azul também estavam no restaurante e vibraram como se fosse um gol quando avistaram o novo presidente. Em vez dos 1.414 votos que recebeu no pleito desta segunda-feira, Bandeira terá de lidar com, segundo dados do Ibope, mais de 30 milhões de torcedores. Com eles, esperanças, expectativas e cobranças. No primeiro encontro, deixou de ser o Dudu, o Edu, o Bandeira, como os amigos costumam chamá-lo. Passou a ser simplesmente o “presidente”, o “cara que trará dias melhores ao Flamengo”. Sorriu diante da novidade.
Depois de um dia estressante, maçante, recebeu dos filhos e da esposa um chope gelado, com colarinho, para brindar. Saboreou, acenou para as mesas que o saudavam e seguiu adiante em direção a um bar no Leblon. Pediu, educadamente, para não dar entrevista. Mais 100 metros e outro encontro com parte da cúpula da badalada Chapa Azul. Por volta de 2h, Bandeira deixou a comemoração. Saiu sozinho pelas ruas do Leblon, sem ninguém para incomodá-lo. Voltou a ser Dudu, mas ciente de que a partir de agora mais de 30 milhões caminham ao seu lado.
















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