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‘É bom para treinar olhar do público’, diz Cao Hamburger sobre ‘Xingu’ adaptado para TV

o_globoO Globo

Microssérie dividida em quatro capítulos estreia nesta terça (25), na Globo. Diretor fala da reedição do filme sobre irmãos Villas-Bôas para a TV.

Felipe Camargo e Maria Flor gravam ‘Xingu’ em meio aos índios

O mais recente trabalho de Cao Hamburger no cinema, “Xingu”, ganhou uma versão televisiva que estreia nesta terça-feira (25) e fica no ar até dia 28, como parte da programação especial de fim de ano da TV Globo. Dividida em quatro episódios, a microssérie narra a trajetória dos irmãos Villas-Bôas, intepretados por João Miguel, Caio Blat e Felipe Camargo.

O enredo mostra como os três se transformaram em heróis brasileiros ao defenderem os direitos dos índios, criando o Parque Nacional do Xingu, ao norte do Mato Grosso. Em entrevista por telefone, Cao conta que o filme, que estreou em abril deste ano, foi totalmente reeditado para esta versão televisiva. Ela trará cenas inéditas. “Para o público que já viu o filme, há o interesse em rever a história e, se tiver curiosidade, também entender como a linguagem do cinema é bem diferente da linguagem da TV”, diz.

O cineasta afirma que a ideia de transformar o filme em microssérie partiu da própria Globo, que deu suporte financeiro para a reedição. “É muito importante resgatar a história da criação do parque do Xingu, não só porque estes heróis estavam sendo esquecidos, mas porque permanece muito atual. E acho que a Globo comprou essa ideia por ousar colocá-la no horário nobre da TV”, afirma Cao.

O ator João Miguel, que interpretou Cláudio, o irmão Villas-Bôas do meio, falou sobre o que este personagem representou para a sua carreira. “É um dos mais importantes que eu já fiz pelo fato de representar um homem extraordinário, um herói brasileiro, sem estereótipos, e íntegro. Para mim, foi emocionante”, diz. “Dividir o filme em quatro partes, em uma edição para a TV, vai fazer o espectador se interessar a cada dia pelos personagens. As pessoas vão se identificar por ser uma história de aventura”, completou.

O diretor também diz ser estimulante mostrar seu trabalho para um número maior de espectadores. No cinema, “Xingu” não chegou a alcançar o público que a produtora O2 Filmes, de Fernando Meirelles, almejava.

Durante o Cine PE deste ano, Meirelles se disse decepcionado com a recepção dos brasileiros ao longa-metragem. “Achei que o filme tocaria a sociedade como um todo. Me enganei. Talvez a frase do Jânio para o Orlando Villas-Bôas, no filme, explique isso. Ele diz: ‘Orlando, brasileiro não gosta de índios'”, desabafou o cineasta, na época. De acordo com dados coletados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), até o dia 1º de novembro deste ano “Xingu” foi visto por 378 mil pessoas, em 205 salas do país.

Cao Hamburger (de branco) abraça os atores Caio Blat, João Miguel e Felipe Camargo, durante filmagens de ‘Xingu’

Mas Cao acredita que a microssérie chega para melhorar em termos artísticos a grade de programas televisivos. “É um produto de luxo da televisão, de altíssima qualidade, uma superprodução. É bom para a TV ter produtos seletos, que de vez em quando aparecem. Eu acho que é muito bom para treinar o olhar do público”, afirma.

Além da microssérie, o cineasta está com outros dois trabalhos na televisão. “Família imperial”, parceria do canal Futura com a Globo, e “Pedro e Bianca”, exibida na TV Cultura, são séries voltadas para o público adolescente. Responsável por “Castelo Rá-Tim-Bum” e “O ano em que meus pais saíram de férias”, Cao conta que acha interessante se envolver com diversas faixas etárias. “Eu gosto muito de trabalhar com públicos diferentes. Acho estimulante trabalhar para jovens, adultos, crianças. Faz tempo que não faço algo para as crianças, mas estou pensando nisso”, diz o diretor.



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