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Agências do interior da Bahia não reabrem após assaltos

fonte_correioCorreio

Em oito cidades, moradores têm que viajar atrás de serviço bancário.

Posto do Bradesco em Itaguaçu foi roubado em 24 de dezembro. Previsão é de reabertura somente no final de janeiro

A população de oito municípios baianos está sem serviços bancários depois que ladrões roubaram agências ou postos de atendimentos. Na última semana, a reportagem ligou para 20 cidades que tiveram bancos roubados este ano e identificou onde os serviços bancários foram suspensos após os assaltos.

Um dos casos é o distrito de Salobro, em Canarana, a 477 quilômetros de Salvador, onde a agência foi roubada em fevereiro. Dez meses depois, o serviço bancário da cidade de 25 mil habitantes ainda não foi reestabelecido. Com o fechamento das agências, os moradores precisam se deslocar para cidades vizinhas para realizar atividades simples, como saques e depósitos. Em Canarana, além da agência do distrito de Salobro, o posto de atendimento bancário do centro da cidade também está fechado. O local tinha sido assaltado em agosto e em novembro deixou de fazer o atendimento após ter um funcionário feito refém em outro assalto.

Na ocasião, a vítima foi libertada com o pagamento do resgate. “Hoje, o banco não faz nenhuma atividade que envolve numerário. Fazemos apenas a entrega de cartões e senhas dos clientes”, declara um funcionário da agência. Diante da situação, André Luís Nascimento Motta, gerente de uma concessionária de motos, acompanha mensalmente o pai, de 68 anos, a cidades próximas. “Tem aumentado, e muito, o número de pessoas assaltadas no trajeto para outras cidades. Os idosos são o alvo preferencial dos bandidos. Eles sabem que a maioria das pessoas com mais idade é responsável pelo sustento de algumas famílias”.

Riscos

Em Barra do Mendes, a 630 quilômetros da capital, bandidos chegaram estourando a tiros os vidros da agência, levando pânico aos funcionários e clientes, no dia 3 deste mês. Depois, esvaziaram os caixas e os terminais eletrônicos. Na fuga, colocaram um dos reféns amarrados no capô de um dos veículos usados pelos assaltantes.

“Nós temos que recorrer às agências de Irecê e de Ibititá se quisermos fazer saques ou depósitos em dinheiro. Nesse trajeto, corremos o risco de sermos assaltados. Isso porque os bandidos dessas regiões sabem que o fluxo de saques no final do mês quase que triplica”, conta a estudante Verônica Braga e Silva, 27.

Os comerciantes das cidades que estão sem os serviços bancários reclamam dos prejuízos. “Anteriormente, tínhamos um comércio frenético, que nem parava na hora do almoço. Hoje, as lojas fecham às 11h e reabrem às 14h”, declara Hilderlei Martins, 30, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salobro, distrito de Canarana.

Segundo ele, sem a agência bancária, o comércio local enfraqueceu de tal forma que muitos estabelecimentos demitiram nos últimos meses, em vez de contratar para o final de ano. “A queda no faturamento foi muito grande. De 30% a 50%”, declara.

Bancos

Na sexta-feira, o  Banco do Brasil de Iraquara, na Chapada Diamantina, foi reaberto nove meses depois que ladrões destruíram a agência com tiros. A de São Miguel das Matas, no Recôncavo, foi reaberta na quarta passada, oito dias após o assalto.

Das oito agências assaltadas que ainda estão fechadas, sete  são do Banco do Brasil e uma do Bradesco. O BB disse, em nota, que “em parceria com as prefeituras municipais e as autoridades policiais, vem buscando viabilizar as condições necessárias para a reabertura e funcionamento das agências de forma a garantir a segurança dos clientes e funcionários”.

O Banco do Brasil informa, porém, que o posto de atendimento eletrônico de Salobro não será mais reaberto. Além disso, não há  previsão de abertura das outras  unidades  bancárias nas outras cidades. Nelas, o BB recomenda que os clientes utilizem o Banco Postal (nos Correios) e casas  lotéricas, além de agências nas cidades vizinhas.

Já o Bradesco garante que o posto de atendimento de Itaguaçu deve ser reaberto até o final do mês de janeiro.
colaborou Alexandro Mota

Agências inoperantes:

  • Mundo Novo
    Banco do Brasil, fechada desde 4/12; foi atacada por homens fortemente armados.
  • Itaguaçu
    Banco Bradesco, fechado desde 24/12, quando ladrões explodiram os caixas eletrônicos.
  • Santa Bárbara
    Banco do Brasil, fechada desde 5/9,  quando o bando de assaltantes incendiou a agência após o roubo.
  • Barra do Mendes
    Banco do Brasil, fechada desde 3/12, quando cinco ladrões roubaram a agência.
  • Ibirapitanga
    Banco do Brasil, fechada desde 29/11 , quando 12 homens atacaram o banco.
  • Cafarnaum
    Banco do Brasil, fechada desde  30/4, quando seis ladrões explodiram  o caixa eletrônico.
  • Canarana
    Banco do Brasil, fechada desde 5/11 depois que um funcionário foi sequestrado.
  • Salobro 
    Banco do Brasil, fechada desde 8/2.

Polícia diz que bancos não têm interesse em reforçar segurança

O coronel Antônio Ferreira Fontes, comandante do Policiamento Especializado da Polícia Militar, reconhece que o efetivo atual da corporação no interior do estado é insuficiente para garantir a proteção da população, mas pontua que os bancos não têm interesse de reforçar a segurança.

“Os bancos alegam que para colocar à disposição uma quantia menor de dinheiro terão que reabastecer mais vezes e isso tem um custo pra eles. O gerente tem acesso ao dinheiro do cofre de meia em meia hora. É por isso que os bandidos estão fazendo refém o gerente na porta de casa”, declara o coronel. Segundo Fontes, a PM trabalha desenvolvendo operações diárias, que são intensificadas entre os dia 25 e o dia 10 de todo mês.

Já o coordenador do Grupo de Apoio ao Combate a Crimes contra Instituições Financeiras (Gacif) da Polícia Civil, delegado Daniel Pinheiro, disse que, no início do ano que vem, o grupo será estendido para cidades como Jacobina, Seabra, Barreiras, Vitória da Conquista, Itabuna e Feira de Santana. De acordo com ele, o Gacif já prendeu 86 integrantes de quadrilhas de assaltantes de bancos; outros 31 foram mortos em confronto; 11 bandos desarticulados, além de apreendidas 484 unidades de explosivos e 74 armas.



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