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ACM Neto assume Prefeitura de Salvador com 69% de popularidade

fonte_correioCorreio

Para 69%, novo prefeito será melhor que o atual, aponta pesquisa do Instituto Futura, que mediu o grau de otimismo com a nova prefeitura. Rejeição de 75% à João Henrique contribuiu com resultado.

Otimista por excelência e renovado por mudanças, mesmo abatido por frustrações. O povo soteropolitano está insatisfeito com os maus- tratos com sua cidade, mas acredita que o futuro vai ser diferente. Para 69,6% dos moradores de Salvador, o governo do prefeito eleito ACM Neto (DEM), que toma posse hoje, será melhor que o do prefeito João Henrique (PP).

O índice de otimismo em relação à nova gestão foi medido em uma pesquisa do Instituto Futura, que entrevistou 401 pessoas entre 16 e 26 de novembro. A margem de erro é de 4,9% para mais ou para menos. Segundo o levantamento, outros 14% acreditam que a futura gestão será igual a atual e só para 11% ela será pior. A confiança de que Neto fará de Salvador uma cidade melhor não vem somente de quem votou nele (53,5% dos eleitores ou 717 mil habitantes).

A alta rejeição a João Henrique (PP) ajuda a explicar que mesmo os eleitores de outros candidatos reconhecem em Neto uma possibilidade de melhorar a situação da cidade. São os adeptos da tese de que pior do que está não fica (leia mais sobre os índices relativos ao atual prefeito na página ao lado).

Camadas

De acordo com o levantamento do Futura, o otimismo em relação à chegada do novo prefeito é maior entre os eleitores com idade entre 30 e 39 anos. Nessa faixa etária, 75,3% disseram que a gestão de Neto será melhor do que a anterior. Na outra ponta estão os soteropolitanos entre 50 e 59 anos – 56% deles manifestaram confiança em uma administração melhor a partir de 2013.

Já em relação ao grau de escolaridade, o índice positivo é maior entre os entrevistados com ensino superior (74,7%), seguido de perto pelos eleitores com ensino médio (74,2%). No entanto, a percepção de uma melhor gestão é menor entre aqueles com ensino fundamental (57,8%).

Prioridades

Além de medir a opinião do povo quanto a atual gestão e as expectativas com o governo que se inicia, a pesquisa apontou ainda o que a população elege como prioridade para o próximo prefeito. Apresentados a uma lista de setores do governo, os entrevistados podiam escolher até três como os que, para eles, mais merecem atenção. A área de saúde foi considerada a mais sensível por 68,6% dos entrevistados.

A preocupação com o atual sistema de saúde pública em Salvador foi manifestada ainda em outra pergunta feita aos entrevistados e 39,9% deles elegeram a opção “aparelhar os postos de saúde municipais” como a intervenção direta mais importante a ser realizada pelo próximo prefeito. Na mesma lista, ficaram em quarto e quinto lugar, as opções “contratar mais médicos” e “criar as UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento)”.

O futuro secretário de Saúde, José Antonio Rodrigues Alves, disse saber o tamanho da expectativa em relação à sua gestão. Ao contrário de outras áreas, como o ordenamento urbano, trânsito e limpeza urbana, nas quais Neto não se comprometeu a estipular prazos para que a população perceba melhorias, saúde é o único setor com metas de curto prazo. “Temos que fazer os postos funcionar. Isso é prioridade. Vai ser nosso objetivo principal dos primeiros 120 dias”, disse Alves, em entrevista dada ao CORREIO logo após ter seu nome confirmado no comando da pasta.

“A prefeitura de Salvador enfrentará o desafio de ampliar a rede de atenção básica. Os postos de saúde podem ser melhorados. A terceira capital do país tem que ter uma maior atenção básica, que ainda é insuficiente para cobrir de forma mais resolutiva a população”, disse na ocasião. De fato, o cobertor é curto. As unidades do Programa Saúde da Família (PSF), por exemplo, conseguem alcançar somente 17,6% da população. Para efeito de comparação, a cobertura do PSF em Belo Horizonte é de 95%.

Entre os temas considerados prioritários pela população, aparecem logo em seguida educação (57,1%) e segurança (50,6%), essa última constitucionalmente considerada de responsabilidade do governo do estado. Entretanto, durante a campanha, Neto disse que a prefeitura tem papel importante na redução da criminalidade. Sobretudo, através de ações como aumento da iluminação, instalação de câmeras de monitoramento e uso da Guarda Municipal.

Vereadores

O grau de otimismo medido pelo Futura também se estende aos vereadores. A nova Câmara, que preservou apenas 44% dos nomes, tem a confiança de 58,1% da população. Para outros 20,7%, os futuros vereadores serão piores; e 17,5% acham que nada mudará.



Cultura tem destaque na lista de prioridades

O povo soteropolitano quer saúde, educação e segurança. Mas deseja investimento naquilo que o torna único em relação ao resto do país. Entre as prioridades da nova gestão, segundo a pesquisa, cultura aparece na quarta colocação, com 16%. Surpreendentemente, o setor mereceu mais atenção que áreas, em tese, mais sensíveis para a vida dos cidadãos, como o transporte público (9,2%) ou a criação de empregos (11,7%).

Escolhido para comandar a Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani disse saber que, apesar de ver a cultura como elemento de atração de turistas, sua meta é dar autonomia para as políticas do setor. “Minha visão de política cultural tem viés no desenvolvimento e no entretenimento como ferramenta de divulgar a Bahia. Mas isso é só mais um elemento”, afirmou.

“Uma política cultural efetiva tem que focar o desenvolvimento social e humano. Não queremos cidade apenas para turista, mas cidade para o baiano”, completou. Nesse sentido, Bellintani afirmou que será finalidade de sua pasta promover manifestações culturais independentes, que estão longe das vistas dos grandes empresários, mais ligados à indústria do Carnaval.

“Vamos trabalhar com a produção, o envolvimento e a criação, independente se o turista gosta ou não gosta disso, buscando manifestações culturais que estão escondidas, intervenções urbanas, artes plásticas, artistas que estão fora do circuito com apelo comercial. Queremos estimular eventos plurais, para que o baiano se redescubra”, disse.

Trânsito: segundo no ranking de ações emergenciais

Outra grande preocupação do soteropolitano é o trânsito. Na pesquisa voltada às áreas que devem receber atenção emergenciais a partir de 2013, sobretudo para resolver o caos nas vias urbanas da cidade, o trânsito foi o segundo mais votado, com 15,5%. Logo em seguida, vem um tema relacionado: 14,5% dos entrevistados acham que a nova gestão deve investir na construção de viadutos e pontes.

Segundo o futuro secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, as ações emergenciais para o setor começarão a ser tomadas já no primeiro mês de governo, mas vão gerar polêmica. “Vamos, por exemplo, retirar o estacionamento de ruas do Comércio. Há avenida que estão engarrafadas porque as pessoas estacionam nas ruas”, disse. O futuro secretário assegura ainda que haverá fiscalização para multar todos os motoristas que param carros sobre passeios públicos. “Vamos trabalhar para resolver de forma emergencial, disciplinando o uso das vias, o uso do espaço urbano como estacionamento”, afirmou.

Quanto a obras estruturantes, como a construção de pontes, viadutos e novas avenidas de escoamento, segundo Aleluia só vai acontecer após a captação de recursos em parceria com o governo federal ou com o setor privado: “Vamos discutir, sim, parcerias com o setor privado, para viabilizar obras e equipamentos viários relacionados ao trânsito”

João Henrique é reprovado por 75% dos entrevistados

Não é só a batalha para manter os direito políticos que João Henrique (PP) terá que enfrentar para realizar o desejo de disputar a eleição ao governo do estado em 2014. Também terá de convencer os soteropolitanos de que tentou fazer o seu melhor para a cidade. Segundo o Instituto Futura, ele deixa hoje a prefeitura, após oito anos de mandato, com uma alta rejeição.

De acordo com a pesquisa, sua postura como político foi reprovada por 75% dos entrevistados. Outros 16,2% avaliaram o pepista como regular e somente 6% acharam boa ou ótima sua estampa política. Já a avaliação de seu governo, medida no levantamento, foi um pouco melhor, mas ainda assim distante dos índices desejados para alguém com ambições eleitorais.

Sua gestão foi reprovada por 67,5% dos soteropolitanos. Para 16,2%, ela é apenas regular. Outros 10,2% avaliaram a administração como boa ou ótima. Para a disputa estadual, no entanto, João Henrique tem a seu favor o histórico de já ter superado uma alta rejeição, quando conseguiu se reeleger em 2008, mesmo sob uma reprovação popular que beirou os 70%.

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