Motorista de ônibus, suspeito de atropelar casal em Lauro de Freitas, recebe voz de prisão

Rede Bahia | G1

Delegado de Lauro de Freitas não deu detalhes da prisão. Advogado das vítimas disse que atropelo em Lauro de Freitas foi proposital e sem motivação.

O motorista de ônibus suspeito de atropelar o médico Raymundo Pereira da Silva Filho, a esposa e a irmã dele, foi preso no início da tarde desta terça-feira (22), segundo o delegado Joelson Reis, titular da 23ª Delegacia, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

De acordo com o delegado, o suspeito será ouvido ainda na tarde desta terça. Joelson Reis não deu detalhes de onde a prisão ocorreu. O atropelamento ocorreu na segunda-feira (14), também em Lauro de Freitas, após um acidente de trânsito. De acordo com o advogado da família, Antônio Tanure, o motorista do ônibus cometeu o acidente de forma proposital.

Estado de saúde

Na segunda-feira (21), o médico Raul Schawb afirmou que o estado de saúde do ortopedista Raymundo Pereira Filho teve evolução positiva. A vítima foi submetida a uma segunda cirurgia na noite de domingo (20) e continua na UTI, mas ainda não tem previsão de alta.

“Não trabalhamos com previsão de alta, mas há uma projeção de que, se ele evoluir bem, pode ir para casa dentro de uma semana, com serviço de internação domiciliar.” Ainda de acordo com o médico Raul Schawb, a segunda vítima, Arli Silva, irmã do ortopedista que continua internada, deve ser submetida à outra cirurgia até a quarta-feira (23). De acordo com o delegado Joelson Reis, quatro pessoas já foram ouvidas.

Cobrador confirma “ausência de motivo”

O cobrador do ônibus conduzido pelo motorista que atropelou o médico, além da irmã e esposa grávida dele, falou sexta-feira (18) sobre o caso à TV Bahia. Segundo ele, não houve discussão entre as vítimas e o condutor antes do atropelamento. “Hora nenhuma ele [vítima] discutiu com o motorista”, disse o cobrador do ônibus.

O delegado Joelson Reis, que investiga o caso, contou que o motorista deverá responder por três tentativas de homicídio, já que atingiu três pessoas. Na sexta-feira (18), três testemunhas do caso foram ouvidas pela polícia e confirmaram a versão de que não houve motivo para a reação violenta do condutor. “Uma [testemunha] estava no carro, a babá da criança, outro é morador do local, mora em um prédio em frente de onde aconteceu, e outro estava passando no carro e viu toda a situação. Todas elas corroboraram com a investida do motorista”, explicou o delegado.