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Delegado diz não ter dúvida de que Mizael é o assassino de Mércia

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Antonio Olim falou sobre provas como rastreador e ligações telefônicas. Segundo dia de julgamento tem discussão entre defesa e acusação.

O delegado Antônio Assunção de Olim, ouvido como testemunha nesta terça-feira (12), segundo dia do julgamento de MizaelBispo de Souza, contou como suspeitou que o réu havia matado a advogada Mércia Nakashima, em maio de 2010. Ele foi o responsável por investigar o caso pelo Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP).

“Eu não tenho dúvida nenhuma de que o Mizael matou a Mércia”, disse Olim no júri. O depoimento começou às 9h20 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo. Durante mais de cinco horas, o delegado falou sobre o percurso feito pelo réu no dia da morte de Mércia com base no rastreador instalado no veículo.

Segundo Olim, Mizael desconhecia o fato de seu veículo possuir um rastreador que foi instalado pela seguradora a pedido de Mércia. O delegado falou também sobre ligações telefônicas feitas por Mizael e que, segundo o registro das antenas de telefonia, mostram que Mizael esteve em Nazaré Paulista, local onde Mércia foi assassinada em uma represa.

Mizael responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). De acordo com a denúncia, Mizael matou a ex-namorada, então com 28 anos, porque ela não queria reatar o relacionamento. O policial reformado nega ter matado Mércia e afirmou que passou a noite do crime com uma prostituta.

A Promotoria, no entanto, diz ter provas que derrubam a versão do acusado, como o laudo que mostra que o sapato dele tinha alga compatível com as da represa de Nazaré. O julgamento começou na segunda. O corpo de jurados é formado por 5 mulheres e 2 homens. Segundo o Tribunal de Justiça, trata-se do primeiro julgamento do país transmitido ao vivo.

Segundo dia

O delegado Antônio de Olim afirmou que Mizael não soube descrever as características da mulher com quem diz ter ficado por quatro horas naquele dia. “Ele não lembrava nem o nome nem a cor do cabelo”, disse o delegado. Segundo o delegado, uma mulher se apresentou dizendo ser a prostituta, mas depois foi à delegacia dizer que acreditava que o réu havia matado a advogada.

A polícia analisou na investigação cinco linhas telefônicas de Mizael e depois descobriu uma sexta. A análise das ligações mostraram que Mizael recebeu uma ligação da filha quando estava na região de Nazaré Paulista, às 21h20. No confronto entre o relatório do rastreador e das ligações telefônicas, a polícia chegou a Evandro Bezerra Silva, vigia acusado de ajudá-lo a assassinar a advogada e de ir buscá-lo em Nazaré Paulista.

A constatação foi que Mizael se comunicou 16 vezes no dia do crime com Evandro. “Era um telefone frio usado só para falar com Evandro porque ele [Mizael] já estava planejando matar a Mércia”, disse Olim, respondendo aos questionamentos do promotor Rodrigo Merli. Após o crime, Evandro fugiu e foi preso em Sergipe. O delegado afirmou que o vigia contou “tranquilamente” sobre o plano com Mizael. “Não tinha como falar que não era ele [Evandro]. O telefone dele não anda sozinho”, afirmou.

Durante a inquirição feita pela defesa o clima esquentou no plenário. A defesa tentou destacar ao longo das perguntas que o delegado entrou em contradições e que há falhas na investigação. Perguntou por exemplo se o delegado fez uma pesquisa dos clientes de Mércia e por que não apreendeu o rastreador do veículo de Mizael.

Um dos advogados de defesa, Ivon Ribeiro, chegou a afirmar que o delegado mentia. O promotor Rodrigo Merli então afirmou que Ribeiro era desleal. “O diabo é o pai da mentira. O senhor é amigo do diabo. Após a confusão, o juiz determinou que as perguntas da defesa deveriam ser feitas a ele, que então as repassaria ao delegado.

A segunda testemunha do dia foi o advogado Arles Gonçalves Júnior, que foi indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanhar o processo e representar o vigia Evandro. Gonçalves Júnior afirmou em seu depoimento nesta terça que se ofendeu com afirmações do advogado de Mizael sobre fatos que teria esquecido de propósito. A polêmica fez o juiz Leandro Cano intervir novamente e pedir que as perguntas fossem feitas a ele, e então o juiz as repassaria à testemunha.

Após o advogado, a primeira testemunha de defesa a falar foi a corretora Rita Maria de Souza, que trabalha em uma imobiliária embaixo do escritório de advocacia de Mizael. Ela disse que Mizael e Mércia tinham um bom relacionamento e que Mizael ajudou bastante Mércia, inclusive cedendo clientes. Neste momento, a família de Mércia mostrou indignação. Janete Nakashima, mãe de Mércia, deu um riso irônico. Uma jovem ao seu lado acrescentou, em voz baixa: “Que absurdo”. Após esse depoimento, falou energia no plenário, e a sessão foi interrompida por pouco mais de trinta minutos.

No retorno, o investigador Alexandre Simoni Silva contou como chegou a uma linha que era usada por Mizael e que ele usou no dia da morte de Mércia para se comunicar com Evandro, segundo a investigação. O número foi descoberto pela análise das contas de telefone de Mércia, que chegou a ligar para a linha após tentar os outros números que pertenciam a Mizael. Falou também sobre as conclusões do rastreamento do veículo de Mizael.

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