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Doze milhões de brasileiros trabalham sem sair de casa, diz levantamento


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Modalidade exige disciplina e conhecimento sobre tecnologia. Conheça os prós e os contras desta nova realidade profissional.

Leonardo Parente não segue à risca todas as recomendações

Atualmente, mais de 12 milhões de brasileiros trabalham em casa, exercendo diversas atividades, é o que informa a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobbrat). Muitos deles viabilizam o trabalho utilizando computadores, tablets e smartphones, sempre conectados à internet. Esse é o caso do consultor Rangel Vilas Boas, 30 anos, que realiza seus estudos de viabilidade econômica de empreendimentos em um escritório localizado na casa que divide com a esposa e o filho de 2 anos.

Plenamente adaptado ao modelo conhecido como home office, Vilas Boas fez a opção por trabalhar em casa há pouco mais de dois anos, ao mesmo tempo em que decidiu deixar o emprego fixo e atuar apenas como consultor. Ele conta que encontrou desde o primeiro momento todo o apoio da esposa. “A possibilidade de ter uma resposta mais imediata é tentadora para a família, mas as interferências só aconteceram nos primeiros dois meses, e de forma pontual”, relata. O presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), Alvaro Mello, concorda que a sintonia com a família é fundamental para que o trabalho em casa seja bem-sucedido.

Outro ponto fundamental é o perfil do profissional, que precisa ser disciplinado, familiarizado com tecnologia, comprometido e inovador. “A pessoa precisa ter certo grau de independência”, acrescenta Mello, que também é coordenador do Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (Cetel) da Business School São Paulo.

O jornalista Leonardo Parente, 34 anos, acredita que se enquadra no perfil necessário, embora não siga à risca todas as recomendações dos espe cialistas. “Dizem para a gente se arrumar como se fosse para um trabalho fora, mas normalmente não faço isso”, confessa. Assessor de imprensa de três empresas, Leonardo tem uma rotina de trabalho flexível e diz que muitas vezes se permite realizar atividades pessoais em horário comercial, mas sempre priorizando qualquer demanda de trabalho.

Rangel, por sua vez, cumpre expediente e muitas vezes excede o horário, mas fazendo pausas para evitar o “vício no trabalho”. De acordo com Alvaro Mello, esse é mesmo um cuidado necessário, pois, no final das contas, sempre tem trabalho, então, se não ficar atento, o profissional acaba invadindo as horas de descanso.

Resistência

De acordo com Parente, 70% das demandas dos seus clientes são atendidas a distância, com a utilização da internet. “O percentual só não é maior porque ainda tem gente que precisa do tête-à- tête”, avalia. Para o presidente da Sobratt, esse comportamento dos contratantes é uma das maiores barreiras para que empresas adotem o home office, uma tendência mundial. Na sua avaliação, embora mais comum entre empreendedores e autônomos, o trabalho a distância pode ser aplicado em empresas de quase todos os setores, mas os gestores ainda ficam inseguros por não terem o controle direto do funcionário, achando que não estão trabalhando.

Mello acredita que esse perfil de gestão caminha para a extinção, pois a resistência é muito mais cultural do que técnica. Ele também aposta no desaparecimento do profissional que não consegue trabalhar em casa. “Essa geração que agora tem entre 15 e 20 anos está preparada para trabalhar em qualquer lugar, a qualquer hora”, destaca. Mello chama a atenção para as variações que já ocorrem em torno da ideia, com pessoas trabalhando em aeroportos e shoppings. Nos EUA, essa resistência cultural já foi rompida. Segundo levantamento da consultoria Work Simple, 26,2 milhões de americanos já aderiram ao home office. A redução de custos é o principal fator por trás da popularização da nova forma de trabalho.

Qualidade de vida e redução de custos são principais benefícios

Seja como funcionários de empresas ou empreendedores, os profissionais têm muitos benefícios quando trabalham a distância. Na avaliação do coordenador do Cetel, Alvaro Mello, o maior é um ganho geral na qualidade de vida. “Não precisa pegar trânsito, perder tempo nele, nem viver o estresse típico do tráfego”, elenca.

Economizando esse tempo, o profissional melhora suas relações sociais e familiares, e reduz seus custos pessoais, pois passa a fazer as refeições em casa e não precisa investir tanto em roupas e sapatos. As empresas também obtêm ganhos financeiros, principalmente ao diminuir o investimento em construção ou locação de espaços.

Mello afirma que há um aumento de produtividade, pois as conversas paralelas são eliminadas e o funcionário sente-se mais satisfeito. Por fim, as empresas que adotam o teletrabalho melhoram sua imagem corporativa, sendo vistas como preocupadas com a redução da emissão de gases poluentes e mobilidade urbana.

Como coordenador do Cetel, Mello acompanha estudos em empresas interessadas no trabalho a distância. Atento à possibilidade de isolamento do profissional, ele defende um modelo misto, mesclando atividades desenvolvidas a distância com idas à empresa para reuniões, por exemplo.

Lei garante direitos iguais para quem trabalha a distância

Desde dezembro de 2011, os funcionários que trabalham a distância têm os mesmos direitos de quem exerce suas atividades presencialmente. De acordo com a Lei 12.551, “não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego”.

O amparo legal, no entanto, não tornou-se um acelerador do avanço do home office. Na opinião do headhunter Márcio Lopes, o cenário em Salvador ainda é incipiente. “Geralmente as empresas usam para fazer avaliação da região”, diz. O mais comum é que, após a etapa de sondagem, os empreendimentos montem estrutura e coloquem os funcionários para trabalhar internamente. Sócio da Organiza RH, Lopes observa muitos processos de recrutamento e percebe que o teletrabalho é mais comum na área de vendas.

Mais comum nos EUA e países europeus, o home office sofreu um golpe duro, recentemente, com a decisão da CEO do Yahoo, Marissa Mayer, de proibir os funcionários de trabalhar de casa. Ela alegou queda de produtividade, mas Mello diz que o problema foi causado por má gestão. “O teletrabalho é positivo, mas precisa ser corretamente implantado e gerenciado”, diz.

4 executivos de sucesso que trabalham em casa:

•• James Hamilton, responsável pela Amazon Web Service, serviço de nuvem da Amazon, ele garante que o AWS rode perfeitamente em seus clientes sem precisar comparecer todos os dias à empresa.

•• Richard Branson, responsável por 102 empresas, ele exerce suas atividades de casa há anos e sempre permitiu que seus funcionários fizessem isso também. Segundo Branson, a Virgin dá certo porque ele sempre dá liberdade às pessoas.

•• Larry Ellison, o CEO da Oracle quase não aparece na empresa, trabahando de sua ilha no Havaí.

•• Julian Assange, o fundador do Wikeleaks não teve escolha. Em prisão domiciliar, passou meses tocando o seu negócio remotamente.



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