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Imperador, traição e sabotagem: os sete meses de Felipão no Chelsea

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Troca-troca malsucedido de Drogba com o Inter de Milão, indisposição com líderes do grupo e birra de preparador de goleiros causaram saída.

Já se passaram quatro anos após a breve passagem de Luiz Felipe Scolari noChelsea. Além de servir para o técnico digerir sua demissão após apenas sete meses à frente do time, o tempo trouxe à tona detalhes e histórias de bastidor que ajudam a entender a queda do brasileiro.

Houve traição de alguns líderes do elenco, o ciúme de um preparador de goleiros e a ligação direta do magnata russo Roman Abramovich, dono do clube, com alguns atletas dos Blues. Agora, Felipão está de volta ao Stamford Brige, estádio do Chelsea. Mas de ânimo renovado e com uma nova perspectiva, no comando da seleção brasileira que se prepara para a Copa das Confederações, em junho, e para a Copa do Mundo, em 2014. Na próxima segunda-feira, às 16h30 (de Brasília), a equipe vai enfrentar a Rússia na casa do time londrino.

Felipão foi anunciado pelos Blues em junho de 2008. Na ocasião, comandava Portugal e estava na briga pelo título da Eurocopa – o time foi eliminado nas quartas de final ao ser derrotado pela Alemanha por 3 a 2. Iniciou o trabalho no mês seguinte. E os problemas começaram logo na escolha da comissão técnica. A contratação do preparador de goleiros brasileiro Carlos Pracidelli não agradou o francês Christophe Lollichon, que ficou com ciúme por conta da chegada de um novo profissional para o posto.

Boicote de preparador de goleiros

Lollichon havia sido contratado pelo Chelsea a pedido de Petr Cech em 2007. Os dois trabalharam juntos no Rennes de 2002 a 2004. No clube, o preparador foi responsável por ajudar na formação de atletas como o francês Landreau e o sueco Isaksson. Mas com Felipão, a relação nunca foi amistosa. Pessoas próximas ao brasileiro afirmam que o profissional costumava falar apenas em francês no vestiário. Tudo para evitar um entendimento melhor de “Big Phil”, que em entrevista à imprensa inglesa classificou o preparador como “estranho”.

A demissão de Felipão aconteceu após o empate por 0 a 0 com o modesto Hull City, no dia 7 de fevereiro de 2009. O resultado fez o time cair para a quarta colocação no Inglês, mas não foram os números em campo o principal motivo para a saída. Em 41 jogos, o time tinha 24 vitórias e apenas cinco derrotas, além de 12 empates – aproveitamento de 68%. A equipe também estava nas oitavas de final da Liga dos Campeões, à espera do confronto com o Juventus.

Na ocasião, o treinador já estava minado por diversos problemas internos. Após a saída, Lollichon não poupou críticas ao profissional brasileiro. Ao jornal “The Telegraph”, o francês criticou diretamente Scolari e pediu aos diretores um comandante para conduzir o trabalho no Chelsea de forma “inteligente”. A imprensa inglesa chegou a noticiar que Felipão havia proibido o preparador de entrar no vestiário.

Drogba, hoje no Galatasaray, quase trocou Chelsea por Inter de Milão

Troca-troca frustrado com o Inter de Milão

O marfinense Didier Drogba também se tornou uma pedra no sapato de Felipão. E bastaram dois episódios para a relação ficar arranhada. No primeiro, Scolari proibiu o atacante de realizar tratamentos fora do clube. A intenção era cuidar de uma lesão no joelho em Cannes, na França. Tal medida era permitida pelos Blues antes da chegada do treinador brasileiro.

E foi justamente por conta do problema no joelho que Drogba perdeu a posição de titular para o francês Nicolas Anelka. Felipão chegou a revelar que Drogba havia sido submetido a injeções para participar de 15 jogos do Chelsea na temporada. E o treinador não queria permitir tal situação. Com o atacante na reserva e insatisfeito, a segunda rusga não demorou a surgir com o brasileiro.

Disposto a ter Adriano Imperador no elenco, Felipão propôs uma troca direta com o Inter de Milão. E o então treinador dos nerazurri, o português José Mourinho, topou o negócio logo de cara. O que Scolari não contava era com o aproveitamento do atacante brasileiro na sequência da temporada. Foram dois gols em três jogos. Por conta disso, o técnico luso desistiu de ter o marfinense. Drogba, é claro, não ficou satisfeito por ter sido, na prática, descartado pelo técnico.

Anelka atualmente está no Juventus, da Itália

Traição de Anelka

Com a lesão de Drogba, que, segundo a imprensa inglesa, tirava 60ml de pus e sangue do joelho a cada partida, Nicolas Anelka foi preparado pelo treinador para ser o centroavante dos Blues. A medida deu certo. E o francês foi o artilheiro da era Scolari nos Blues, com 14 gols.

Mas o francês não foi tão agradecido ao treinador. Em entrevista ao SporTV, Felipão revelou que Anelka não tomava partido a seu favor para não se indispor com a ala contrária ao brasileiro no comando do clube.

– O Anelka não fazia gol em ninguém, mas virou artilheiro. Eu não iria tirá-lo para colocar outro sem condições. E já votei no Drogba na eleição de melhor mundo. Mas o Anelka não foi meu parceiro de dizer ‘ele apostou em mim, vou para a briga’. Dividiu, ficou naquela ‘se der, deu, se não der, não deu’.

‘Piti’ de Ballack

Outro que arrumou problemas com Felipão, mas sempre negou via imprensa inglesa, foi o alemão Michael Ballack. Tudo por conta da chegada do apoiador Deco, que trabalhou com Scolari na seleção portuguesa. O atleta, que atualmente está no Fluminense foi contratado ao Barcelona, então em processo de reformulação.

A chegada de Deco fez com que Ballack perdesse a posição de titular. E para piorar, ele não fazia a mínima questão de falar com o luso-brasileiro. A boa relação e os jantares do alemão às escondidas e fora de Londres com Abramovich também incomodavam Felipão – e o minavam junto ao dono do clube.

Felipão no comando do Chelsea com Ballack emburrado no banco

Ataque canarinho

Além de Adriano, Felipão também tentou Robinho. Na ocasião, o jogador estava em baixa no Real Madrid e os Blues estavam prestes a contar com o “Rei das Pedaladas”. O problema é que a negociação não vingou e o ex-atleta do Santos acabou se transferindo para o Manchester City. Sem clima com grande parte do elenco, a queda do treinador passou a ser uma questão de tempo. De pouco tempo, como mostraria a diretoria londrina ao dispensar o técnico após o tropeço com o Hull.

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