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Protesto começa pacífico e termina com vandalismo em Salvador

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Cerca de 20 mil protestaram durante a tarde de forma pacífica pelo centro. Grupos isolados depredaram bens privados e públicos; houve confronto.

Cerca de 20 mil pessoas foram às ruas do centro de Salvador nesta quinta-feira (20) para protestar contra corrupção e aumento da tarifa de ônibus em cidades do país. A manifestação começou de forma pacífica, reunindo muita gente na praça do Campo Grande, mas terminou com confusão, confronto e vandalismo.

Os repórteres Egi Santana, Ida Sandes, Lílian Marques acompanharam o protesto em diversos pontos do centro da cidade. Os manifestantes se dividiram e um grande grupo tentou acessar o entorno da Arena fonte Nova, pouco antes das 17h, estádio onde Nigéria e Uruguai se enfrentariam às 19h. Nazaré, Estação da Lapa, Avenidas Centenário e Sete, Barris, Vale do Canela e Praça da Piedade foram algumas das regiões que concentraram grupos de manifestantes, cenários de muitos confrontos entre polícia e jovens.

De rostos pintados em verde e amarelo, cartazes nas mãos e causas diversas, o grupo se uniu pela segunda vez, engrossando a onda de protestos que ocorre em todo o país. Havia gente de todas as idades, principalmente jovens. Máscaras do personagem “V”, do filme “V de Vingança”, marca dos protestos, foram amplamente usadas. Entre os mais velhos estava o médico Deraldo Faria. “Eu tenho acompanhado as manifestações pelo país e hoje tive a oportunidade de vir prestigiar essa causa que é de todos”, opinou sobre os pedidos de melhora no sistema de transporte público, uma das pautas levantadas pelo Movimento Passe Livre.

Para a jovem Rafaela Oliveira, moradora de Cajazeiras, periferia da cidade, os soteorpolitanos não estavam nas ruas “apenas” pela redução da passagem ou pelo passe livre. “A gente paga R$ 2,80, mas não somos respeitados, os ônibus estão sempre sujos, velhos, não param em pontos”, reclamou. No caso de Adilson Ribeiro, 25 anos, o protesto foi, sobretudo, uma oportunidade de unir a cidade por uma causa. “Eu, por exemplo, sou cristão, mas hoje estou com uma galera gay aqui, todos juntos me prol do nosso bem, o bem de todos. Costumamos dizer que uma sociedade muda ou não muda”, comentou.

pesar da calmaria inicial, em meio à caminhada que seguiu pela Avenida Sete, Avenida Joana Angélica e o bairro dos Barris, uma onda de protestos violentos se formou, gerando confronto com a Polícia Militar. Parte dos manifestantes destruiu carros, banheiros químicos, vitrines de lojas, saqueou e depredou ônibus, além de patrimônio público e agências bancárias.

Manifestantes e policiais ficaram feridos. Muitas bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas, em alguns locais praticamente sem cessar. A polícia também usou gás de pimenta. As pessoas que foram às ruas com a intenção de protestar pacificamente tiveram que assistir às cenas de destruição, enquanto tentavam vaiar e pedir para que aqueles que destruíam as ruas parassem de cometer os crimes. Muitos gritavam “sem violência”, na tentativa de inibir a ação da minoria. Em diversos momentos, houve embate com policiais militares.

A manifestação não foi interrompida durante a noite. Houve intenso confronto entre os policiais e os manifestantes em frente ao Teatro Castro Alves até por volta das 20h30. Pessoas se dirigiram ao bairro da Barra e caminharam até Ondina. Nesse local, o grupo novamente se dividiu entre a Avenida Adhemar de Barros e o Palácio de Ondina, residência do governador da Bahia, Jaques Wagner. No mesmo horário, manifestantes também se faziam presente na região da Avenida ACM, seguindo até a Avenida Tancredo Neves em caminhada. A Polícia Militar dispersou o grupo lançando cerca de quatro bombas de gás lacrimogêneo.

O balanço de pessoas presas durante o protesto em Salvador deve ser divulgado nas próximas horas pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Um jovem de 28 anos, que já tem passagem na polícia, foi preso flagrado apedrejando um banco na Avenida 7 de Setembro. O governador Jaques Wagner convocou a imprensa para uma coletiva na manhã de sexta-feira (21) para tratar do assunto.

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