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Tripulação da Gol em Salvador agiu certo no caso do neto de Deborah Colker, diz sindicato

fonte_g1_2010G1 | Globo News

Sindicato dos Aeronautas diz que funcionários seguiram normas vigentes. Coreógrafa vai processar a empresa aérea Gol por preconceito.

O Sindicato dos Aeronautas afirmou, nesta quinta-feira (22), que a tripulação da companhia aérea Gol agiu corretamente ao pedir atestado médico do neto da coreógrafa e bailarina Deborah Colker, que tem uma doença genética e não contagiosa: epidermólise bolhosa.

filha e neto da deborah colker (Foto: Reprodução/Facebook)No comunicado, o sindicato informou que “os procedimentos adotados pela tripulação seguem normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)” e frisou que “exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo”. Procurada, a coreógrafa Deborah Colker não quis comentar a nota do Sindicato dos Aeronautas e limitou-se a dizer, por meio da assessoria de imprensa, que já está processando a companhia aérea Gol.

Na segunda-feira (19), Deborah estava com a filha e o neto de 3 anos  dentro do avião, que sairia de Salvador rumo ao Rio, e quando um comissário pediu o atestado médico para permitir que o menino viajasse. A coreógrafa explicou que os detalhes da doença já tinham sido informados no momento do check-in e considerou a atitude da tripulação preconceituosa.

Nota do Sindicato dos Aeronautas:

“Em razão dos transtornos ocorridos no voo da VRG GOL Linhas Aéreas, de Salvador para o Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19/8), o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que os procedimentos adotados pela tripulação da aeronave seguem normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros.  Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo.

Mesmo sendo um caso isolado, o SNA esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há riscos de contágios ou não.

O SNA instrui os seus associados e a categoria a continuarem com o excelente trabalho prestado a população, sempre zelando pelo cumprimento das normas vigentes, com profissionalismo, educação e cuidado extremo com a segurança de voo e dos passageiros”.

Processo contra a Gol

A coreógrafa Deborah Colker afirmou na terça-feira (20) que vai entrar na Justiça contra a Gol, após o constrangimento passado por seu neto de 3 anos – que tem uma doença de pele chamada epidermólise bolhosa – em voo da companhia na segunda-feira (19). A aeronave só decolou após um médico da Infraero ter sido chamado e atestar que a doença não era contagiosa.

“Vou processá-los, quero que sirva de exemplo para que não aconteça com nenhuma doença rara. Doença faz parte da vida, temos que proteger essas crianças. São crianças frágeis, que precisam ser protegidas, não atacadas. A Gol vai ter que servir de exemplo”, afirmou, acrescentando que o dinheiro da indenização deverá ser usado para ajudar a financiar pesquisa científica. “Espero reverter isso, conseguir dinheiro para terapia genética no Brasil, não quero dinheiro pra mim. É uma causa que luto há muito tempo, agora explodiu. Todo mundo vai pensar duas vezes antes de abordar”, completou.

Por volta das 20h, a Gol divulgou uma nota sobre o caso informando que, buscando assegurar o bem-estar dos passageiros a bordo do voo G3 1556 (Salvador/BA – Rio de Janeiro / RJ) cumpriu as recomendações do Manual Médico da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A empresa informou ainda que solicitou um atestado médico da criança e na falta do documento, um médico foi acionado.Na nota, a companhia lamenta os transtornos causados à família com relação à forma como foi conduzido o cumprimento das recomendações.

Colker afirma que está habituada a viajar com a criança, inclusive para outros países, e que essa foi a primeira vez que enfrentou problemas em um voo.  “Nós fomos de Gol para a Bahia na sexta-feira. Meu neto tem pai baiano, irmã baiana, costuma fazer esse trajeto. Ele já viajou para os Estados Unidos, Chile, foi a Chicago comigo sem problemas. Explicamos no check in do que se tratava, fomos para a sala de espera, entramos no avião, sentamos e já estávamos de cinto”, conta.

A coreógrafa diz ainda que a família foi abordada por três profissionais diferentes, que pediam um atestado médico sobre a doença da criança. “Precisamos de atestado médico, diziam, e eu argumentava que já tínhamos explicado que era uma doença genética, mas só falavam que eram regras. Cheguei a falar até com o piloto”, lembra ela, que considerou a abordagem da tripulação da Gol “totalmente deselegante e despreparada”.

“No check-in a gente já tinha dito que ele tinha essa doença, que não era contagiosa. E mesmo assim, depois de ter ficado na sala de espera, de ter entrado no avião, começou essa abordagem na frente do Theo, na frente de todo mundo, de uma maneira completamente deselegante, despreparada”, disse mais cedo Deborah Colker, em entrevista à GloboNews. “É um absurdo”.

Para Deborah, a tripulação deveria ter agido com discrição, poupando a criança de qualquer constrangimento. “Me chamava no canto, é assim que se faz. Vieram pra tirar a gente do avião. Já que queria atestado, como se pede dentro do avião inteiro?”, comentou, acrescentando que seu neto notou que havia algum problema.

“Ele percebeu que era com ele, a mãe chorava, o pai nervoso, todos olhando para ele, outras crianças vinham, uma situação constrangedora”, contou a coreógrafa. “No táxi, perguntei e ele disse que falavam dele. A gente explicou que todo mundo estava do lado dele. À noite, ele disse a um dançarino amigo nosso que ‘tinha um homem e uma mulher muito chatos dentro do avião, mas todo mundo ficou junto comigo’. É uma criança muito cognitiva, observadora”.

Epidermólise bolhosa

De acordo com a médica Valéria Petri, professora do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a epidermólise bolhosa é uma doença genética rara em que, devido à falta de adesão entre as células da epiderme, qualquer traumatismo – ainda que leve – pode levar ao descolamento da pele.

“A epidermólise bolhosa não é uma doença infectocontagiosa. Os pacientes podem viver uma vida livre e feliz e frequentar ambientes públicos normalmente. É profundamente lamentável que isso tenha acontecido”, diz a dermatologista, referindo-se à situação vivida pela família de Deborah Colker.

Ela sugere que, para evitar constrangimentos como esse, os pacientes levem consigo uma declaração médica de que a doença não traz absolutamente nenhum risco de contágio. “O mesmo problema acontece com pacientes de psoríase e vitiligo, que também não são doenças contagiosas, mas passam por situações parecidas.”

Íntegra da nota da Gol

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes esclarece que, buscando assegurar o bem-estar de todos os passageiros a bordo do voo G3 1556 (Salvador – Rio de Janeiro), realizado na última segunda-feira, 19, cumpriu rigorosamente as recomendações do Manual Médico da IATA (sigla em inglês da Associação Internacional de Transportes Aéreos) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A companhia ressalta que, visando a segurança de um dos passageiros deste voo, bem como de todos a bordo, solicitou um atestado médico. Na falta deste documento, um médico foi acionado.

Lamentamos profundamente os transtornos causados à família com relação à forma como foi conduzido o cumprimento de tais recomendações. A estes e aos demais passageiros, pedimos sinceras desculpas.

Vale ressaltar que todas as medidas relacionadas a este caso foram tomadas com o único objetivo, prezar pelo respeito e bem-estar de todos a bordo e seguir rigorosamente os padrões de segurança.

Atenciosamente,

GOL Linhas Aéreas Inteligentes

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