Eliana Calmon sobe o tom do discurso e pode estar praticando campanha eleitoral antecipada

Bahia 247

Depois de criticar a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o governador Jaques Wagner (todos do PT), juíza-política candidata ao Senado enaltece gestão de seu correligionário Eduardo Campos.

Pregadora da ética e dos bons costumes, a juíza-política Eliana Calmon pode estar iniciando sua carreira político-partidária cometendo irregularidades. Desde que se filiou ao PSB, há um mês, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) segue em clima de campanha antecipada incessante na sua corrida ao Senado.

Depois de criticar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o governador Jaques Wagner (todos do PT), Eliana Calmon, agora, enaltece a gestão de seu correligionário Eduardo Campos no governo de Pernambuco. Segundo ela, o presidenciável socialista está mudando a história do estado. “Pernambuco é um canteiro de obras. Eduardo levou o progresso para o Estado. Inclusive, a Bahia se inspirou nos exemplos de lá para implantar o Programa Pacto pela Vida aqui (na Bahia)”.

Eliana ataca os governos petistas em ponto crucial da realidade nordestina, a seca. Ex-ministra não cita nomes, mas diz que “muita gente” já se elegeu no Nordeste tirando ‘benefício’ da “indústria” da seca. “Ouço falar desde menina na seca. A seca não é um fenômeno novo, mas o que foi feito até agora? A indústria da seca já elegeu muita gente. Troca-se voto por caçamba de água, por cisterna, mas a população continua sofrendo. Eu quero fazer uma política diferente, de esclarecimento, de troca de ideias onde vou brigar pelo que acredito e dizer o que eu penso”.

Eliana Calmon também tece elogios à senadora Lídice da Mata, sua correligionária candidata a governadora da Bahia. Ex-ministra cita como triunfo de Lídice a ‘superação’ diante do carlismo, era política na qual o ex-senador e ex-governador Antônio Carlos Magalhães foi maior líder político do estado.

“Lídice é uma política valorosa, guerreira e sobrevivente de um sistema perverso chamado Carlismo. Ela, com todo aquele assédio, sobreviveu como política, de modo que não pode aparecer na vida dela um arranhão sequer”. Interessante é que em entrevista há uma semana Eliana admitiu ter sido apadrinhada por ACM para ingressar no Tribunal de Justiça da Bahia.