Pelegrino não poupa munição contra ACM Neto: “IPTU é abusivo”

Bahia 247

Deputado federal do PT voltou a disparar artilharia pesada contra o prefeito de Salvador por causa da modificação na base de cálculo do IPTU.

O deputado Nelson Pelegrino (PT) voltou a disparar artilharia pesada contra o prefeito ACM Neto (DEM) em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira por causa da modificação na base de cálculo do IPTU de Salvador e, para dar lugar ao chamado ‘3º turno’, do qual falam ACM e seus aliados, o petista disse o que faria se fosse prefeito.

“É inconstitucional. A lei foi aprovada na Câmara em cinco dias, sem nenhum debate na sociedade. A Câmara, quando aprovou, não sabia o que estava aprovando. O aumento é abusivo, excessivo e não exerce a lei de razoabilidade. Eu estabeleceria um prazo de dez anos para dar o aumento”. Pelegrino já disputou a Prefeitura de Salvador quatro vezes e saiu derrotado de todas. A última foi em 2012, quando ACM Neto se elegeu.

“Se levou 20 anos sem atualizar os valores dos imóveis, ele não pode fazer rápido assim, Tinha que fazer um processo progressivo, a população de Salvador não aguenta esse aumento. Tem muita gente que não vai conseguir pagar o IPTU e vai perder o imóvel”, completou o deputado petista.

Pelegrino propôs “solução emergencial” para resolver o impasse do IPTU. “O prefeito ACM Neto disse que fechou o ano no azul, que estava com as contas em dia. Ele pode, por decreto, atualizar monetariamente o IPTU, como foi feito nos anos interiores. Nós estamos na era do computador, ele emite os carnês em 48 horas. Precisa fazer uma discussão correta, decente, de como se vai atualizar esta planta genérica, acho também que tem fazer o recadastramento corretamente. Esse recadastramento acabou com as imunidades e as isenções, todo o mundo recebendo carnês de IPTU”.

Petista quer que ACM “adote a razoabilidade” em suas ações. “Os comerciantes não suportam o aumento da carga tributária. Qual é o aumento razoável este ano? O problema do prefeito é a pressa, ele quer resolver o problema da administração dele e não da cidade. É preciso dar ao município as condições para que ele tenha a receita necessária e permitir que o contribuinte possa suportar isso, principalmente a classe média”.