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Marcos Andrade*: Em defesa do Carnaval e da economia dos grandes eventos

fonte_blogdomarceloRedação

“Numa sociedade onde o setor de serviços corresponde a cerca de 70% da economia brasileira, a indústria de entretenimento ou economia criativa deve ser levada em consideração”.

A economia de eventos criou um nicho de desenvolvimento econômico. Portanto não só a Copa do Mundo, mas também o carnaval na Bahia, Rio ou Recife, a Parada Gay no Rio e São Paulo, o São João em Campina Grande e outras Capitais Nordestinas ou mesmo o turismo religioso em Aparecida e até na Lapa, são importantes fontes de geração de emprego e renda nestas localidades.

Pois, para além dos objetivos intrínsecos do evento em si, a mobilização de pessoas em torno das atividades movimentam a economia local, hotéis, restaurantes e comércio varejista se beneficiam da ampliação do fluxo de pessoas nas cidades. Para esse tipo de economia crivou-se um termo próprio “economia criativa” que são as “iniciativas que contribuem para o desenvolvimento da dimensão econômica da cultura nas suas diferentes etapas dos ciclos de criação, produção, circulação, distribuição, consumo e/ou fruição de bens e serviços criativos” (SECULT).

Numa sociedade onde o setor de serviços corresponde a cerca de 70% da economia brasileira, a indústria de entretenimento ou economia criativa deve ser levada em consideração. Para se ter um exemplo da força dos eventos, a cidade que tem o maior fluxo turístico do Brasil durante o ano é a cidade de São Paulo, cujo maior atrativo é o chamado turismo de negócios.

Observemos que em Conquista, não existem vagas disponíveis em hotéis durante a semana por conta do fluxo regional constante. No verão então, milhares de Goianos pernoitam em nossa hotelaria ao longo das rodovias estaduais e federais, rumo ao Sul do estado, no entanto não temos nenhuma atividade que estimule esse público a passar um ou dois na cidade ou mesmo a circular por nosso comércio, assim perdemos milhões de reais que poderiam aportar em nossa economia.

Portanto, gostaria de neste espaço defender a volta do carnaval em Vitória da Conquista, com organização e apoio do poder público, pois a sociedade vem se se movimentando em favor de uma festas que faz parte da tradição e da cultura brasileira, além de ser um importante vetor para a geração de renda, atração turística e projeção internacional da nossa cultura. E, se existisse uma parcela da sociedade que deseja a realização é um direito cidadão que as condições sejam criadas para realizar a livre manifestação da alegria popular.

E não é só o carnaval, precisamos de um calendário de eventos que envolva as atividades religiosas como o dia da padroeira, Marcha para Jesus, Carnaval, São João, Festival de Inverno, Natal, enfim movimentar a economia criativa da cidade. Enfim se tivermos eventos durante o ano, a roda da economia gira, gerando emprego e renda numa área de grande potencial para redistribuição de recursos, ativando um ciclo virtuoso na economia municipal, gerando emprego, renda imposto e movimentando o comercio ainda mais.

O recurso público não deve ser a principal fonte de financiamento destes eventos, mas pode e deve ser um indutor desta economia e devendo entrar como apoio institucional, subsidiariamente, estimulando a organização, infraestrutura e contribuindo na divulgação junto a imprensa regional e estadual atraindo público para a cidade.

Gostaria de concluir reafirmando a necessidade de criação de vetores de desenvolvimento setoriais que potencializem a economia local, resgatando ainda o fato de que vivemos numa cidade que é pólo para uma região de mais de 2 milhões de habitantes, sempre foi caracterizada como um berço cultural da Bahia e além disso possui uma população jovem universitária que anseia pela realização de atividades culturais, esportivas e de entretenimento.

*Marcos Andrade é Professor, pós graduado em Gestão Pública e Orçamento e atualmente Coordenador Executivo de Legados Sociais da SECOPA



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