Malas não chegam ao destino e passageiros da Passaredo se revoltam em Vitória da Conquista

R7

Voo para Vitória da Conquista chega, mas as bagagens de todos os clientes ficam em São Paulo.

Feriado, você pensa que finalmente vai aproveitar uns dias de folga, mas nem imagina que chegará ao seu destino, mas suas malas, não. Nesta quinta-feira (1º), passageiros do voo 2224 da Passaredo saíram de São Paulo com destino a Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. Quando chegaram ao destino, por volta das 22h, foram avisados de que as malas não vieram na aeronave.

O voo com a capacidade total, com praticamente os 70 lugares ocupados, não comportou o peso das bagagens, que ficaram na cidade de origem. Essa informação foi dada pelos funcionários da companhia aérea, quando os passageiros desembarcaram em Conquista. Passageiros revoltados queriam saber o que aconteceu, mas os funcionários davam informações desencontradas de quando as malas seriam entregues aos donos.

Os clientes reclamavam, principalmente, de não terem sido avisados ainda em São Paulo de que as malas não embarcariam junto para a cidade baiana. Entre os passageiros, três mães de crianças de colo e uma passageira que passou mal durante a viagem. Maria de Lurdes viajou com a filha de oito meses e estava desesperada com os objetos da filha. — É um absurdo você esperar chegar ao lugar para avisar que as malas não vieram junto. E ainda oferecem $ 80? Eu tenho filha pequena. Eles não têm consideração com isso.

Entre os passageiros também tinha gente que foi a Conquista a trabalho e que despachou roupa para compromissos profissionais e instrumentos musicais, ficando impossibilitados de trabalhar. A empresa, por meio dos funcionários no local, informou que as malas podem chegar em um dia. Mas não é garantido. Os pertences dos passageiros serão enviados em outros voos, assim como em todas as vezes que isso acontece. E, segundo a funcionária Denise, que atendeu o grupo revoltado, isso acontece sempre.

Durante a revolta dos passageiros à procura de informações, um dos atendentes, identificado como Junior no crachá, deu as costas e deixou os clientes falando sozinhos no balcão. Agnaldo Antônio viajou para Conquista para passar uns dias na fazenda, a 170 km do aeroporto, e quis saber como faria para viajar sem os pertences. O atendente disse ‘como você iria se estivesse com a sua mala’. No voo também tinha um passageira que viajou para um casamento e o vestido estava na bagagem despachada. A reportagem do R7 entrou em contato com a empresa no local, e os funcionários disseram que não iriam dar declarações concretas e, no momento, não havia nenhum representante autorizado para dar explicações oficiais.