Tribuna da Bahia
Se dizendo “impressionado”, governador da Bahia lista motivos para a exibição da matéria, há menos de 15 dias das eleições.
Após a repercussão em torno do nome do candidato a sua sucessão Rui Costa (PT) e demais petistas, como envolvidos em irregularidades com o Instituto Brasil, o governador Jaques Wagner (PT), descredenciou ontem o conteúdo publicado pela revista Veja.
Em maratona para ajudar Rui a se eleger nas eleições do dia 05, Wagner atribuiu a reportagem ao período eleitoral. “Está chegando o final de eleição. Estamos fechando a eleição, estamos posicionados com empate técnico para o Senado e o Governo. Quem achava que iria ter facilidade agora está percebendo que a situação não era como eles imaginavam. Bate o desespero, aí chamam para a apelação”, disse à rádio Metrópole.
O chefe do Executivo baiano confessou-se “impressionado” com a matéria, que classificou como “requentada”, e se eximiu de qualquer omissão relativa à ONG. “Ela já teve o contrato rompido com o governo desde 2010”. Segundo ele, o secretário que comandava a pasta, Cícero Monteiro percebeu incorreções e lhe apresentou, sendo imediatamente o Instituto afastado.
O petista citou que a entidade começou a ter contratos com o Estado na gestão do ex-governador Paulo Souto (DEM). “Deve ter conseguido fazendo amizade entrar no nosso governo também. E, claro que o que ela estava fazendo era trambicagem”. O governador frisou ainda que Dalva tinha problemas financeiros e questionou a sua saída do Brasil, ao sugerir que ela estava a serviço de alguém. Ela estava devendo o condomínio. Estava há dois anos atrasado. Para quem estava sem dinheiro para nada foi para Europa”. Em outra entrevista, o gestor acusou a reportagem de “comprada”. Na denúncia são citados o senador Walter Pinheiro que, segundo ela, teria recebido R$ 260 mil. São citados também o deputado federal pelo PT, Nelson Pelegrino e o atual presidente da Embratur, ex-PCdoB, Vicente Neto.