Ex-pastor e mais 11 pessoas sequestraram cabeleireira conquistense em Salvador, diz a Polícia

Boa parte da quadrilha é da região de Valença. Os bandidos queriam como resgate R$ 600 mil. Eles fizeram quatro contatos com familiares.

| Bocão News

Duas pessoas foram presas e mais 10 pessoas identificadas no crime de sequestro contra a cabelereira Arlethe Patez, no bairro do Costa Azul.

Após um trabalho de investigação de 10 dias, as equipes do delegado Jorge Figueiredo, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), e o delegado Leandro Pimenta, da Coordenação de Sequestro, os policiais chegaram a libertação da vítima.

Entre os bandidos, está um ex-pastor evangélico, que dirigiu o carro durante o sequestro. A cabeleireira ficou acorrentada durante 12 dias em um casebre sem energia na zona rural de Teolândia, distante 277 quilômetros da capital baiana.  Boa parte da quadrilha é da região de Valença. Os bandidos queriam como resgate R$ 600 mil. Eles fizeram quatro contatos com familiares e ofereceram já no primeiro dia uma prova de vida, que foi um cartão de memória com fotos da cabeleireira.

Os líderes da quadrilha foram identificados como: Manoel dos Santos neto, 36 anos, vulgo Dam; Manoel Rafael Bispo de Jesus, 39 anos, vulgo Jorge Bocão; Manoel Cândido Da Paz, 46 anos, vulgo Pastor. Durante entrevista, Pastor negou fazer parte do grupo e também a participação no crime. “No meio da estrada eu passei mal e não quis mais dirigir o carro. Eu não falei nada a ninguém porque tenho família. Só recebi prejuízo e vergonha “. A Polícia investiga quem teria indicado a vítima. Outros envolvidos estão sendo buscados pelos policiais.

Suspeito diz que foi pago para vigiar a vítima

Um dos suspeitos de sequestrar a cabeleireira, Arlethe Patez, no bairro do Costa Azul, Ismael Moura de Jesus, 29, conhecido como “Baby”, confessou participação no crime. Ele foi apresentado à imprensa na tarde deste domingo (2), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp), no bairro da Pituba, em Salvador.

Ismael de Jesus contou que vigiava a cabeleireira com uma arma debaixo do colchão. “Eles [os outros criminosos] me chamaram para ganhar esse dinheiro.

Eu cuidava dela. Dava palavras de conforto, cozinhava e até joguei domino”, disse. A vítima relatou a polícia que entre os bandidos o único que a ameaçou foi Jorge Bocão. A cabeleireira ficou acorrentada durante 12 dias em um casebre sem energia na zona rural de Teolândia (veja fotos abaixo), distante 277 quilômetros da capital baiana. Segundo a polícia, os suspeitos queriam R$ 600 mil como resgate. O grupo de 12 pessoas, que sequestrou Arlethe Patez, também é suspeito de um sequestro de um filho de comerciante no município de Tancredo Neves, em junho deste ano.