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Brasil: Ranking no Facebook dá ponto a aluno por “tipo de mulher” que “pegar” em universidade

Lista avalia beleza, cor da pele e estado civil, de alunas. Na competição, estudante perde um ponto se beijar uma “mulher gorda” ou “preta e feia”, e é eliminado se “pegar travesti”. Internautas repudiam ato.

fonte_blogdomarcelo| Redação.BDM

Uma lista que pontua o tipo de mulher que os estudantes vão se relacionar durante os Jogos Internos da Universidade Federal de Goiás (InterUFG) está causando polêmica nas redes sociais.

Chamado de “Regulamento InterUFG 2016”, ele avalia a beleza, a cor da pele e o estado civil das universitárias. Além disso, diz que o rapaz que beijar travesti é “eliminado da competição”. O evento começou na quarta-feira e segue até o próximo domingo (29), em Goiânia. Durante as tardes, são realizados os jogos esportivos e, à noite, festas open bar. No regulamento, a maior pontuação é para quem tiver relações sexuais. Se a mulher for casada, o homem acumula 10 pontos. Se ela for “gostosa e gata”, ganha 8 pontos. Se a mulher for “pretinha bonitinha”, recebe 2 pontos.

O estudante perde um ponto se beijar uma “mulher gorda” ou “preta e feia”. Ele ainda perde 0,5 ponto a cada meia hora que ficar com a mesma pessoa, o que chamam de ficar “casado” na festa. Internautas repudiaram o ato e expuseram sua opinião nas redes sociais. “Racismo, sexismo e transfobia”, escreveu um internauta. Outro completou: “É apologia e incitação à violência sexual e de gênero e ao racismo. Num país onde mulheres sofrem violência a cada minuto, sobretudo mulheres negras, é preciso dar nome aos bois”.

Organização do interUFG divulga nota de repúdio nas redes sociais (Foto: Reprodução/ Facebook)

Em uma nota publicada nas redes sociais, a organização do evento declarou que não apoia e repudia “todo e qualquer esquema de pontuação de conotação sexual divulgado em redes sociais”. A mensagem ainda diz que 10ª Edição do Inter UFG “prezará pelo bem estar, segurança, diversão e, acima de tudo, o respeito”. A assessoria de imprensa da UFG destaca que o evento não é organizado pela instituição, mas por estudantes da universidade. A instituição ainda informa que “não compactua com qualquer manifestação de preconceito e violência de gênero”. “A UFG atua em prol da garantia dos direitos que promovam a pluralidade de ideias e o fortalecimento de uma política universitária comprometida com o respeito às diferenças e para a superação de quaisquer manifestações que ferem os direitos humanos”, diz a nota.

Denúncia

A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes Martins, disse que não recebeu nenhuma denúncia sobre a lista. Ela explica que, para o regulamento ser apurado, uma pessoa que se sentiu lesada precisa denunciar o caso à Polícia Civil.

“Nós, integrantes da Polícia Civil, quando formos procurados por mulheres que de alguma forma tenham se sentido ofendidas ou colocadas numa dessas escaladas vamos registrar, a Delegacia da Mulher funciona 24 horas por dia. É violência de gênero sim, sem dúvida e pode ser denunciado”, declarou. A delegada classifica o regulamento como imoral. “É uma situação absurda, como mulher me sinto cada vez mais indignada, em especial por esse tipo de situação ter partido de universitários, pessoas que, em tese, teriam um pouco mais de conhecimento, têm acesso à cultura, aos meios de comunicação, mas, infelizmente, isso ainda ocorre”, declarou.

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