Viúva de Fabio Ezequiel Morais, de 35 anos, acusa empresa de esporte radical de ter usado um cabo com extensão maior que a altura da ponte.
| Redação.BDM
No último domingo, dia 18, o que deveria ser um mais um tranquilo passeio de família terminou de forma trágica para o serralheiro Fabio Ezequiel Morais, de 35 anos. Assista:
Ao pular de bungee jump, de uma altura de aproximadamente 40 metros, na ponte férrea Engenheiro Acrísio, em Mairinque (a 71 km de São Paulo), ele morreu.
Nesse esporte radical, a pessoa é presa em cabos pelos pés e pula, de cabeça, em queda livre. Os cabos, então, funcionam como um ioiô. A mulher do serralheiro, a assistente financeiro Michele Morais, 34, disse que o cabo usado pela empresa contratada para o salto foi maior do que a distância entre a ponte e o chão. “Na hora que ele se jogou, já caiu no chão direto. Ele não foi puxado para cima de novo. Até existe um colchão, mas ele caiu fora dele”, afirmou a mulher, emocionada.
Por meio de nota, a empresa MF Locação de Equipamentos, responsável pela organização do salto, confirmou que o participante Fábio Morais sofreu uma queda e não resistiu aos ferimentos e faleceu. “Neste momento tão difícil para todos, os esforços estão direcionados para a assistência aos familiares de Fábio”.
Ainda de acordo com a nota, a MF Locação de Equipamentos já está tomando todas as providências para apurar as causas do acidente e está acompanhando e colaborando com as investigações da Polícia Civil de Mairinque, que abriu inquérito para investigar o caso. O corpo de Fábio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba (SP) e liberado para a família ainda durante a noite para o velório e enterro, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (19) em Valinhos (SP).
“Ele era apaixonado por esportes radicais e sempre praticava, já até pulou de paraquedas”, disse Michele. Ela afirmou que hoje parte da família viajou de Valinhos (85 km de SP), onde moram, para a cidade vizinha de Mairinque para assistir ao salto de Morais. “Estava eu, meu cunhado e a noiva dele, além do nosso filho de seis anos”, contou. Morais havia até brincado com a possibilidade de pular com o filho, mas ela não permitiu. “Nós fomos só para assistir, porque o restante da família tem medo. Só ele que tinha coragem de praticar esportes radicais.” Michele e os familiares estavam filmando o salto de Fábio. // GCN-NET.