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Luto: Vitória da Conquista se despede do fotógrafo Antônio Cadete, falecido aos 85 anos

Um dos primeiros repórteres fotográficos do Sudoeste, Antônio Francisco da Costa Neto deixa um legado cultural histórico na cidade e na região.

Faleceu na noite desta sexta-feira (30), aos 85 anos, Antônio Francisco da Costa Neto, popularmente conhecido como Antonio “Cadete”, considerado um dos primeiros repórteres fotográficos de Vitória da Conquista. Figura histórica conquistense, o paraibano de Uiraúna veio muito cedo para a capital do Sudoeste, com sua família, onde fez seu nome ser conhecido por todos. Nas última semanas seu quadro de saúde se agravou e o patriarca acabou não resistindo, nesta última noite.



Cadete deixa a viúva, Dona Ozelina, seus quatro filhos, Clodovaldo, Clodoaldo, Clodomar e Clodege, e vários netos. O corpo de do repórter fotógrafico está sendo velado na Loja Maçônica Fraternidade Conquistense e, a partir das 16 horas de hoje (sábado, 1/12), um cortejo o levará até o Cemitério Parque da Cidade Real. Entristecida, a cidade se enlutece, assim como o Vitória da Conquista Notícias (Blog do Marcelo), pelo falecimento esta figura ilustre e histórica para cidade. A seguir, uma breve biografia, feita pelo saudoso jornalista Luiz Fernandes, conta a história da Antônio Cadete e sua relação com Conquista.

A imagem pode conter: 1 pessoa, óculos, close-up e área interna

Trajetória

Entre os nordestinos que vieram para Vitória da Conquista a partir da segunda metade da décda de 40 está o paraibano Antônio Francisco da Costa Neto ou simplesmente Cadete, como é chamado, natural do município de Uiraúna (Paraíba), onde nasceu no dia 27 de maio de 1933, no “Sítio Gracejo”. Aos 8 anos de idade foi morar no “Sítio Coaty” e, depois, no “Sítio Bom Jesus”, ambos no município de Luiz Gomes, no estado do Rio Grande do Norte, onde trabalhava na lavoura e, nas horas vagas, aprendeu os ofícios de carpinteiro, artesão de couro e alfaiate. Em 1954 iniciou-se na profissão de fotógrafo ambulante, o famoso “lambe-lambe”. Aperfeiçoando-se, porém, no ofício, viajou algum tempo tirando retratos e vendendo ampliações. Em 1956 casou-se com sua prima, D. Ozelina Fernandes Duarte, com quem teve quatro filhos (Clodovaldo, Clodoaldo, Clodomar e Clodege). Ao casar-se foi morar no município de São Miguel, no estado do Rio Grande do Norte, onde fundou o “Foto Rápido Ideal”.

Em dezembro de 1957 transferiu-se para a cidade de Jaguaribe, no Ceará, onde fundou o “Foto Cadete” (com “C”). O nome foi uma sugestão mística (as dez letras reportava ao “Arcanjo 10”, que significa “humilhar-se para crescer” ou “crescer se humilhando”, daí viria seu futuro slogan “dez letras a serviço do povo”). Depois de trabalhar quatro anos como “lambe-lambe” (de 1954 a 1958) teve seu primeiro contato com Vitória da Conquista em 1959, quando em viagem para Brasília (ainda em construção) passou por aqui e, aproveitando o espaço de tempo da estadia, resolveu vender peças de ouro no centro e tirar umas fotografias. Gostou tanto da cidade e de seu povo que resolveu não seguir viagem. Desta cidade foi à festa da “Gruta de Ituaçu”, vendeu o restante das peças de joalheria e mais 25 ampliações fotográficas, voltando depois a São Miguel.





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Em 1960 mudou-se para a cidade de Pereira, no mesmo estado e, meses depois, para Campina Grande, novamente na Paraíba, onde morou até 1969. Para lá foi morar por causa de familiares de sua esposa e também porque a mesma pessoa que o aconselhou mudar o nome do “Foto Rápido Ideal” para “Foto Cadete” lhe dissera que teria sucesso na vida somente numa dessas três cidades: Campina Grande (PB), Vitória da Conquista (BA) ou Monte Azul (MG). Essa terceira opção ele só foi conhecer em 1990, mesmo assim só por curiosidade. No dia 1º de abril de 1970 chegou a Vitória da Conquista com família e tudo, onde trabalha como fotógrafo (Foto Kadete) e publicitário (Kadete Promoções) até hoje. Seu 1º trabalho em Conquista foi a exposição fotográfica das participantes do Concurso “Miss Conquista 1970”. Suas fotos foram expostas na Veigal (Veículos Galvão), agência de veículos de Ademar Galvão (onde hoje é a “Lojas Insinuante” da Praça Barão do Rio Branco) e no Clube Social Conquista.

No ano seguinte (1971) realizou, com êxito, a “Exposição de Fotogenia da Criança”. Foram 200 quadros em duas exposições no Cine Riviera (1971 e 1974), só com crianças de 1 a 5 anos de idade. Com a idéia de educar seus filhos, foi residir temporariamente em Salvador, residindo na Rua Felipe Camarão, nº 155, Saúde. Voltou para Conquista em 1974, onde, pela segunda vez, realizou exposição de fotogenia da criança que obteve o mesmo sucesso da primeira. Seu 1º Foto em Conquista (o “Foto Kadete”, com “K” mesmo), foi instalado no dia 27 de maio de 1970 na rua Siqueira Campos , nº 230 (em frente à Igreja Batista Betel); lá ficou até dezembro do mesmo ano. Depois foi para a rua Maximiliano Fernandes, nº 30 (onde hoje é a entrada do estacionamento do banco Bradesco); lá ficou por dois anos. Em seguida foi para Salvador, na rua Carlos Gomes, nº 143 (1972/1973). De volta a Conquista em 1974, instalou-se na Alameda Lima Guerra, nº 17 (onde hoje é a Lanchonete do Chinês) até 1975. Por fim, em prédio próprio, na rua Siqueira Campos, nº 211 (onde hoje é a clínica Sonnar, do seu filho, o médico Clodoaldo Cadete). Lá ficou até 1995.

Cadete chefiou o jornal “A Tarde” de Salvador, em Conquista, entre 1979 e 1986 e teve seu próprio jornal, o “Tribuna Regional” (fundado em agosto de 1984), que circulou até 1987. Sonorizou muitas festas em todo o estado da Bahia e editou vários guias turísticos de cidades do interior do estado. Nessas idas e vindas de cidade em cidade, com serviços de sonorização, acabou conhecendo o locutor mais famoso do SBT, Luiz Lombardi Neto, o Lombardi do Silvio Santos, por volta de 1975. Quando fazia os comerciais do Cine Madrigal Cadete gravava os jingles nos estúdios de São Paulo e do Rio de Janeiro, e lá diziam que ele e Lombardi tinham as vozes muito parecidas (reconhecida até pelo próprio Lombardi). Cadete foi também quem lançou o primeiro trio elétrico no carnaval de Conquista, em 1971. Como fotógrafo foi premiado várias vezes, inclusive pela “Revista Realidade”, no concurso fotográfico “Retrato do Brasil”, em 1971. Com informações de Luiz Fernandes (in memorian).

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