Tristeza: Jéssica não resiste e morre após ter corpo incendiado pelo companheiro. Suspeito é procurado

Vítima, que faleceu após 13 dias internada em Salvador, deixa três filhos menores. Caso é investigado como feminicídio qualificado por meio cruel.

Jéssica Novais de Jesus, de 33 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (10) após ser vítima de um ataque brutal cometido pelo próprio marido em Eunápolis, no sul da Bahia. Ela estava internada há 13 dias no Hospital Geral do Estado, em Salvador, com mais de 20% do corpo queimado, após o suspeito jogar gasolina em seu rosto e tórax e atear fogo. O crime ocorreu após a vítima manifestar a intenção de deixar o relacionamento, que durava apenas três meses.

De acordo com a delegada Amanda Rezeno, do Núcleo Especializado no Atendimento à Mulher (Neam), o caso agora é investigado como feminicídio qualificado, já que a morte foi resultado de um crime cometido com extrema crueldade. “Com a morte da vítima, o crime passa a ser de feminicídio, majorado pelo emprego de meio cruel”, afirmou a delegada. A polícia já solicitou a prisão do suspeito, mas a Justiça ainda não emitiu o mandado de prisão. O homem, que já tem passagem pela polícia por crimes como furto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo em cidades como Teixeira de Freitas, Itamaraju e Porto Seguro, continua foragido. Após o ataque, Jéssica, mesmo gravemente ferida, conseguiu caminhar até o Hospital Regional de Eunápolis, onde recebeu os primeiros socorros antes de ser transferida para Salvador. Ela passou por várias cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos.

Jéssica trabalhava como passadeira em uma lavanderia e deixa três filhos menores, nenhum deles fruto do relacionamento com o suspeito. “Ela estava em coma, passou por algumas cirurgias, mas, infelizmente, não resistiu”, lamentou Anderson, irmão da vítima. O corpo de Jéssica foi levado para Eunápolis, onde o velório ocorre na casa de sua avó, no bairro Rosa Neto. O caso chocou a comunidade local e reforça a urgência de debates sobre a violência contra a mulher. A delegada Amanda Rezeno destacou a importância de medidas protetivas e da agilidade da Justiça em casos de violência doméstica. Enquanto isso, a polícia segue em busca do suspeito, que continua a fugir das autoridades.