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Violência: Cantor sertanejo com passagens na polícia é executado com vários disparos na noite deste sábado

A vítima, de 47 anos, havia deixado o sistema prisional há menos de um mês, cumprindo pena em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

O cantor e compositor sertanejo Iuri Gomes Oliveira Ramires, conhecido artisticamente como Yuri Ramirez, foi assassinado com oito tiros dentro da própria residência, no bairro Santa Emília, em Campo Grande, na noite do último sábado (30). A vítima, de 47 anos, havia deixado o sistema prisional há menos de um mês, cumprindo pena em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. O crime, executado por dois homens armados que se identificaram como policiais, está sendo investigado como homicídio qualificado pela Polícia Civil.

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Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, os suspeitos chegaram ao imóvel por volta das 21h, abordaram a moradora — uma mulher que acolhia Ramirez — e disseram ser agentes da polícia. Com porte confiante e atitude coercitiva, os homens adentraram a casa e foram diretamente até o quarto onde o músico estava. Lá, sem dar chances de reação, efetuaram diversos disparos contra ele. Yuri Ramirez caiu de bruços e morreu ainda no local. A perícia constatou a presença de 12 cápsulas deflagradas de pistola no cômodo, indicando um confronto desigual e uma execução em execução fria.

Natural de Campo Grande, Ramirez construiu uma trajetória artística marcada por influências do rock na adolescência, mas que evoluiu para o sertanejo após inspiração paterna. Em entrevista à TV Morena em 2024, revelou que compunha de três a quatro músicas por semana e já acumulava cerca de 240 canções inéditas. Entre seus trabalhos lançados estão “Boca Errada” e “Novo Engano”, divulgada em outubro do ano passado. Chegou a dividir o palco com grandes nomes da música nacional, como Maria Cecília e Rodolfo, e participou de programas de televisão, buscando consolidar sua imagem no cenário musical.

No entanto, paralelamente à carreira artística, seu histórico envolvia graves crimes. Condenado por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e estupro, Ramirez era considerado pela Polícia Civil de Goiás como um dos principais líderes do tráfico na Região Noroeste de Goiânia. Em 2018, foi preso com documentos falsos — sob o nome de “Alexandre Nunes” — e já estava foragido da Justiça de Mato Grosso do Sul havia cinco meses. Na ocasião, as investigações apontaram que ele movimentava cerca de 800 quilos de maconha vinda do Paraguai e atuava no contrabando de armas de fogo. A residência onde foi morto, segundo a polícia, funcionava como ponto de comercialização de drogas.

Apesar de cumprir prisão domiciliar, o endereço fixo exigido pela Justiça foi fornecido por uma pessoa que o acolheu, condição necessária para manutenção do benefício. Agora, as investigações seguem em andamento para identificar os autores do crime e esclarecer a motivação do assassinato. Nenhum suspeito foi preso até o momento. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol. A polícia trabalha com a hipótese de vingança ou acerto de contas no mundo do crime, embora outras linhas de investigação não sejam descartadas. Enquanto isso, amigos e fãs se despedem de um artista cuja vida oscilou entre o palco e o submundo.



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