


Conquista: Vereadores criticam setores da imprensa que tratam nova contribuição de iluminação como “imposto”
Em tom agressivo, o vereador Edjaime Rosa, conhecido como Bibia, disparou contra os blogs locais, classificando-os como “instrumentos manipulados por interesses partidários”.
O ambiente na Câmara Municipal de Vitória da Conquista ficou ainda mais tenso durante a sessão ordinária desta quarta-feira (08), marcada por discursos inflamados, acusações diretas à imprensa e um crescente distanciamento entre os vereadores e a população. Após dias de intensa pressão social motivada pela aprovação de medidas consideradas impopulares, parte dos parlamentares optou por culpar os veículos independentes de comunicação pela escalada do descontentamento.
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O estopim das críticas foi a aprovação de um parecer favorável ao aumento da cobrança da taxa de iluminação pública (COSIP) para proprietários de terrenos baldios — uma medida que afeta diretamente milhares de munícipes e foi recebida com repúdio nas redes sociais e ruas da cidade. A situação se agravou com a revelação de que a Mesa Diretora estuda criar um vale-alimentação no valor de R$ 1.800,00 para vereadores e servidores da casa, enquanto a população enfrenta dificuldades econômicas.
Diante do cenário de insatisfação generalizada, alguns vereadores escolheram não responder às demandas da sociedade, mas sim atacar quem as divulga. Em discurso carregado de tom agressivo, o vereador Edjaime Rosa, conhecido como Bibia, disparou contra os blogs locais, classificando-os como “instrumentos manipulados por interesses partidários” e acusando-os de espalhar “fake news”. “Não tenho medo de dizer: esses blogs são comprados, vendidos, fazem campanha suja! E vamos nos reunir com a Mesa para decidir o destino dessas pessoas que querem destruir a imagem dos vereadores”, afirmou, gerando burburinho na galeria.
Já o líder do governo municipal na Casa, Edvaldo Ferreira Jr., tentou justificar o projeto da COSIP, dizendo que a medida “protege os mais pobres” e que o ônus recairia apenas sobre os “ricos que possuem terrenos e não constroem”. A explicação, porém, foi mal recebida por parte da plateia e nas redes sociais, onde internautas questionaram a definição de “rico” usada pelo parlamentar.