Eleições 2026: Após “pancada no CV”, governador Cláudio Castro surge em possível cenário de disputa contra Lula
Sem poder concorrer à reeleição, governador adota linha-dura para atrair eleitorado bolsonarista e mira disputa presidencial contra o presidente petista.

O governo federal interpreta a operação policial de grande escala realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro como uma manobra eleitoral do governador Cláudio Castro (PL). Para o Planalto, a ação é uma tentativa de Castro se cacifar como o candidato do bolsonarismo na disputa presidencial de 2026, diante de um cenário adverso no estado.
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Impedido de concorrer a um novo mandato estadual, Castro assiste ao crescimento de seu rival, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), como favorito nas pesquisas para o governo fluminense. Aliados do governo federal apontam que o cenário de Castro é complexo. Ele enfrenta a fragilização do bolsonarismo — seu principal capital político — ante a iminência da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo reduto eleitoral é o Rio. Além disso, a gestão do governador é questionada na área de segurança pública, justamente a maior preocupação do eleitorado fluminense e brasileiro para 2026.
Castro quer “puxar” eleitorado bolsonarista para si
Diante disso, segundo o relato de um ministro, o governador apostou na operação de “linha-dura”, que resultou em um elevado número de mortes. O objetivo seria atrair o eleitor bolsonarista que começa a se desgarrar de sua base eleitoral. Para reforçar a estratégia, Castro combinou a ação policial com um discurso crítico às iniciativas do governo federal na área, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e a minuta do Projeto de Lei (PL) Antifacção.
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A opção do Planalto, por ora, é responder às críticas de Castro com dados. O governo federal pretende listar ações de apoio ao estado, como as 11 solicitações atendidas para a renovação da Força Nacional de Segurança Pública no Rio e a realização de 24 operações da Polícia Federal contra o tráfico de drogas e armas. O governo também deve sugerir que Castro não utiliza todos os recursos enviados por Brasília, citando R$ 104 milhões do Fundo Penitenciário Nacional e R$ 174 milhões de saldo disponível do Fundo Nacional de Segurança Pública que ainda estariam inutilizados nas contas do estado.













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