Conquista: Defesa quer saber por quê imagem de William foi distribuída à imprensa por ‘fonte’ na Polícia. “Recebi ameaças”
Wiliam Moura, de 31 anos, teve foto da CNH vazada por fonte policial e associada a presos em operação no Rio; advogado aponta risco de vida em cidade com facções.

A rotina do motorista por aplicativo Wiliam Pinheiro Moura, de 31 anos, foi brutalmente interrompida por um pesadelo que parece não ter fim. Morador de Vitória da Conquista, ele estava em casa para almoçar, por volta das 11h desta quarta-feira (29), quando seu celular foi inundado por mensagens, prints de reportagens e até ameaças: sua foto e nome eram estampados como um dos líderes do Comando Vermelho (CV) capturados em uma megaoperação policial no Rio de Janeiro, realizada no dia anterior.
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O problema é que Wiliam estava em Vitória da Conquista e afirma nunca ter estado no Rio de Janeiro. “Fiquei sem chão! Sou trabalhador. Nunca estive no Rio de Janeiro e, de repente, me vi sendo acusado de algo que nunca fiz. Estou com muito medo”, declarou Wiliam na manhã desta quinta-feira (30).

A confusão teve início após a imprensa baiana buscar informações junto a fontes da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA) sobre possíveis criminosos baianos alcançados na ação policial do Rio. Um agente da Polícia Civil teria fornecido nomes e fotos, incluindo a imagem da carteira de habilitação de Wiliam, que ele não sabe como foi obtida.
O temor do motorista é agravado pelo contexto de Vitória da Conquista, município com bairros divididos por facções rivais, como o CV e o Bonde do Maluco (BDM). “O fato é que a circulação da imagem dele associada à facção criminosa, sugere risco à integridade, inclusive à vida”, alerta o advogado de Wiliam, Sadraque José Serafim Ribeiro.
“Recebi ameaças”, diz a vítima da fake news
Segundo apurado pelo Blog do Marcelo, Wiliam teve que fazer um pronunciamento nas redes sociais para desmentir as informações falsas e tentar proteger sua integridade. “Recebi também ameaças. Foram tantas, que o meu WhatsApp chegou a travar”, relatou o motorista, que agora não tem previsão de voltar ao trabalho, temendo represálias ao entrar em certas áreas da cidade. A defesa de Wiliam informou que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. “Inicialmente, há suspeita de crime de injúria, porque houve informações falsas de crime. […] Nós estamos investigando. Não sabemos a razão do equívoco”, pontuou o advogado Sadraque Ribeiro, reforçando que o motorista é um homem pacato e sem envolvimento com atividades ilícitas. Com informações do site Correio.













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