


Operação Caracará: Dois empresários e 9 PMs continuam presos por sonegação fiscal em Vitória da Conquista
do A Tarde | Juscelino Souza
Os empresários Marco Alan Meireles e Edilson Ferreira continuam detidos no presídio regional Advogado Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista, nesta quinta-feira, 22. Eles são as únicas pessoas que seguem encarceradas por causa da ‘Operação Caracará’, de combate à sonegação fiscal, realizada há oito dias, no estado da Bahia, em ação conjunta da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ministério Público (MP) e Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O esquema de sonegação teria desviado mais de R$ 1,6 bilhão dos cofres públicos no período de cinco anos.
Os sargentos Claudionor Silva e Orlando Vieira e os soldados Fabiano Meira, Júlio Nicolau Neto, Ricardo Santos, Isaias Ferreira, Etelmino Soares, Israel Rezende e Claudio Oliveira, igualmente alcançados pela operação em Vitória da Conquista, também continuam presos no Batalhão de Choque, em Salvador, sem previsão de liberdade provisória.
Na tarde desta quarta-feira, 21, a agente de tributos da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Cácia Maria Macedo Santos, e os empresários Jammes Dean Santana, Isaac Pereira Dias e Breno Macedo, foram postos em liberdade. Assim como o empresário Jorge Ferreira de Almeida, solto por força de habeas corpus, nesta terça-feira, 20.
Segundo o promotor de Justiça, Ivan Carlos Machado, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MP baiano, em mais de um ano de investigações foi detectado que a fraude era orquestrada por empresas atacadistas da Bahia que, “em conluio com organizações criminosas, contratavam caminhoneiros, transportadores e policiais militares para facilitar a passagem de mercadorias nos postos fiscais”.
A maior parte da fraude era concentrada no Posto Fiscal Benito Gama, em Vitória da Conquista. De acordo com a força-tarefa formada por MPE, Sefaz e SSP, somente nesse posto, onde todos os dias mais de 50 carretas furavam o bloqueio da fiscalização, seis organizações criminosas agiam por meio de empresários do ramo de transporte e policiais militares.