Empresários de Ilhéus culpam a Anac e a Infraero pela decadência turística e industrial da região

do Bahia Notícias

Diante do contratempo de políticos em tentar utilizar o Aeroporto Internacional de Ilhéus, o presidente da Associação de Turismo do município, Luigi Massa, entrou em contato com o Bahia Notícias para relatar a peleja dos empresários locais com a falta de estrutura do terminal aeroviário. Massa, que é proprietário do Hotel La Dolce Vida, recorda que as limitações por que passa o aeroporto tiveram início em 2007, quando uma aeronave da TAM sofreu um acidente em Congonhas, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) impôs regras mais rígidas para terminais com menor estrutura.

“Aqui, desativaram todos os equipamentos de pouso e decolagem. Quando não há visibilidade, não pousa. À noite, não pousa”, explica. Segundo ele, desde então, houve promessas de adequação do equipamento, mas até então o problema não foi resolvido. As limitações atingiram, de acordo com Luigi, o pólo turístico e de informática instalados na região. “O turista do exterior, principalmente, não se arrisca a vir sem saber se vai pousar, sem ter como planejar a viagem”, destacou.

O pólo de informática, por sua vez, aproveitava as madrugadas de pouco movimento em Ilhéus, e nos terminais de todo o país, para distribuir, via cargueiros, a produção local. De acordo com o empresário, seis indústrias já deixaram o estado, o que resultou na demissão de cerca de 700 pessoas. O BN entrou em contato com Superintendência Regional do Centro-Leste da Infraero, responsável pela Bahia, mas houve o compromisso de retorno apenas para esta quinta-feira (29).