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Sem memória: Casa que pertenceu ao ex-governador Lomanto Júnior é demolida para dar lugar a empreendimento

Residência que abrigou uma das famílias mais influentes da Bahia dá lugar a novos rumos urbanos, gerando debates sobre preservação do patrimônio cultural.

No último sábado, 15 de fevereiro de 2025, Jequié testemunhou o fim de um marco histórico: a demolição da conhecida “Casa de Lomanto”, localizada na Rua 2 de Julho, esquina com a Avenida Rio Branco. O imóvel, que por décadas foi residência do casal Hildete e Antônio Lomanto Júnior, foi derrubado por uma máquina, encerrando uma trajetória que se confunde com a própria história política e social da cidade e do estado da Bahia.

A casa, onde o casal viveu desde o casamento e criou seus seis filhos, foi palco de momentos significativos da vida de Lomanto Júnior, uma das figuras políticas mais destacadas da região. Ele iniciou sua carreira como vereador em Jequié, tornou-se prefeito e, posteriormente, governador da Bahia, além de ter exercido mandatos como deputado federal e senador da República. A residência, portanto, não era apenas um lar, mas um símbolo de uma trajetória que influenciou gerações.

Ao longo dos anos, Lomanto Júnior expressou, em entrevistas e conversas, o desejo de transformar a casa em um museu, onde sua história e contribuições poderiam ser preservadas e compartilhadas com o público. No entanto, após a morte do casal, os filhos optaram por um caminho diferente. O imóvel foi alugado e, posteriormente, abrigou a emissora de rádio Jequié FM, da qual o neto Leur Lomanto Júnior faz parte. A venda da propriedade para um empresário do setor imobiliário de Jequié já havia levantado suspeitas sobre o futuro do local. Com a transferência da rádio para um novo endereço no início de fevereiro, a demolição foi iniciada no dia 15, surpreendendo muitos moradores e entusiastas da cultura local. Para alguns, a decisão representa uma perda irreparável para o patrimônio histórico da cidade, que poderia ter sido preservado como um museu ou espaço cultural.

A demolição da “Casa de Lomanto” reacendeu debates sobre a importância de preservar locais que carregam memórias significativas para a comunidade. Enquanto alguns defendem que a família tinha o direito de decidir o destino do imóvel, outros argumentam que a casa deveria ter sido mantida como um legado para as futuras gerações, lembrando a trajetória de um dos maiores nomes da política baiana. Agora, o terreno que abrigou tantas histórias e sonhos aguarda um novo capítulo, enquanto Jequié reflete sobre o equilíbrio entre o progresso e a preservação de sua identidade histórica. Com informações do blog do Ari Moura.



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