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Bomba: Em carta interna à petistas, Kakay expõe fragilidade política de Lula, que “está isolado” e pode perder em 2026

Na mensagem, Kakay destaca mudanças no comportamento do presidente, afirmando que Lula está isolado e sem interlocutores capazes de lhe dizer “o que ele precisa ouvir”.

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, enviou uma carta a grupos de WhatsApp de políticos e aliados do governo federal, tecendo duras críticas ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na mensagem, Kakay destaca mudanças no comportamento do petista, afirmando que Lula está isolado e sem interlocutores capazes de lhe dizer “o que ele precisa ouvir”. O advogado, que tem trânsito nos bastidores do poder, também expressou preocupação com as perspectivas eleitorais do presidente em 2026, sugerindo que a reeleição de Lula está em risco.

“O Lula do 3º mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem ao seu lado pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir”, escreveu Kakay. O advogado ressaltou ainda a dificuldade de aliados em acessar o presidente diretamente, o que, segundo ele, reflete um cenário de fragilidade política.

Kakay também abordou o cenário eleitoral futuro, questionando quem seria o sucessor natural de Lula diante da alta rejeição à sua candidatura em 2026. “Prestei atenção nesta pesquisa que indica que 62% não querem que Lula seja candidato à reeleição. A pergunta é: quem é seu sucessor natural?”, indagou. Recentes pesquisas reforçam a preocupação: o Datafolha, divulgado na última sexta-feira (14), mostrou que a aprovação de Lula caiu 11 pontos percentuais, atingindo 24%, o menor índice em seus três mandatos. Já o Ipec, em levantamento realizado no sábado (15), apontou que 62% dos brasileiros acreditam que o presidente não deveria concorrer à reeleição.

Além das críticas ao governo, Kakay fez um apelo por uma “direita civilizada” no cenário político brasileiro. “Já fico olhando o quadro e torcendo para o crescimento de uma direita civilizada. Com a condenação do Bolsonaro e a prisão, que pode se dar até setembro, nos resta torcer para uma direita centrista, que afaste o fascismo”, afirmou o advogado, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais e pode ser preso nos próximos meses.

As declarações de Kakay surgem em um momento de queda na popularidade de Lula, que tem gerado inquietação dentro do PT e entre seus aliados. A falta de articulação política e o isolamento do presidente são vistos como fatores que podem comprometer não apenas a governabilidade, mas também o futuro eleitoral do petista. Enquanto o governo busca reverter o cenário, as críticas de figuras influentes como Kakay evidenciam os desafios que Lula enfrenta para manter sua base de apoio e projetar um legado político sustentável.

Leia a íntegra da carta de Antonio Carlos Kakay:

“Vários já me ligaram e disseram que vão imprimir para entregar em mão a Lula”, disse o advogado ao Poder360: “Lula, a esperança da democracia.

‘Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.’ Clarice Lispector.

Lula ganhou 3 vezes e elegeu Dilma como sua sucessora. À época elegeria qualquer de seus ministros, pois era imbatível.

Certa vez, conversando com um senador do PT, ele me disse que há 1 ano tentava uma audiência com a Presidenta Dilma. Ela não fazia política. Sofreu impeachment.

Um dia no governo Lula, um senador da oposição me liga às 11h da manhã e reclama que tinha assumido há 15 dias – era suplente – e que não havia sido recebido pelo Zé Dirceu, chefe da Casa Civil. Liguei para o Zé. Às 12:30 a gente estava almoçando no Palácio do Planalto. O Zé – de longe o mais preparado dos ministros – deu um show discorrendo sobre o Estado de origem do senador, que saiu de lá com o número do celular do Zé e completamente encantado.

Neste atual governo, Lula fez o que de melhor podia ao enfrentar Bolsonaro e ganhar do fascismo, impedindo que tivéssemos mais 4 anos de Bolsonaro. Seria o fim da democracia. Seriam destruídas de maneira irrecuperável tudo que foi construído nos governos democráticos, não só do PT. O fascismo acaba com tudo. Este é o maior legado do Lula. Para tanto foi necessário, senão não teríamos ganhado, fazer uma aliança ampla demais. Só o Lula conseguiria unir e fazer este amplo arco para derrotar Bolsonaro.

Aqui em casa, no dia da diplomação, 12 de dezembro, determinado político se aproximou em um momento em que Lula e eu conversávamos, colocou amistosamente a mão no meu ombro e fez uma brincadeira. Ao sair da roda, o Lula me falou baixinho, rindo: ‘este jamais será meu ministro, e acha que vai ser.’ Dia 1º de janeiro ele assumiu como ministro. Este é o brilhantismo do Lula neste momento difícil. Não fosse sua maturidade, não teríamos tido chance de vencer o fascismo. Por isso cometo aqui certa indelicadeza de comentar este fato: para ressaltar a maturidade do Presidente Lula.

Mas o Lula do 3° mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem ao seu lado pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir. Não recebe mais os velhos amigos políticos e perdeu o que tinha de melhor: sua inigualável capacidade de seduzir, de ouvir, de olhar a cena política.

Outro dia, alguns políticos me confidenciaram que não conseguem falar com o Presidente. É outro Lula que está governando. Com a extrema direita crescendo no mundo e, evidentemente, aqui no Brasil, o quadro é muito preocupante. Sem termos o Lula que conhecíamos como Presidente e sem ele ter um grupo que ele tinha ao seu redor, corremos o risco do que parecia impossível: perdermos as eleições em 2026.

Bolsonaro só perdeu porque era um inepto. Tivesse ouvido o Ciro Nogueira e vacinado, ou ficado calado sem ofender as pessoas, teria ganho com a quantidade de dinheiro que gastou. Perder uma reeleição é muito difícil, mas o Lula está se esforçando muito para perder. E não duvidem dele, ele vai conseguir.

Claro que as circunstâncias estão favoráveis ao projeto de perder as eleições. Não dou tanta importância para estas pesquisas feitas o tempo todo. Mas prestei atenção nesta que indica que 62% não querem que Lula seja candidato à reeleição. A pergunta é: quem é seu sucessor natural? Não foi feito um grupo ao redor do Presidente, que se identifique com ele e de onde sairia o sucessor político natural. O ‘grupo’ do Lula a gente sabe quem é. E certamente não vai tirá-lo do isolamento.

Ele hoje é um político preso à memória do seu passado. E isolado. Quero acreditar na capacidade de se reencontrar. Quem se refez depois de 580 dias preso injustamente, pode quase tudo. E nós temos o Haddad, o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo. Um gênio. Preparado e pronto para assumir seu papel.

Já fico olhando o quadro e torcendo para o crescimento de uma direita civilizada. Com a condenação do Bolsonaro e a prisão, que pode se dar até setembro, nos resta torcer para uma direita centrista, que afaste o fascismo.

Que Deus se apiede de nós! É necessário lembrar o mestre Torquato Neto no Poema do Aviso Final: ‘É preciso que haja algum respeito, ao menos um esboço ou a dignidade humana se afirmará a machadada.’”



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