CBF: Após Ronaldo Fenômeno desistir por falta de apoio, Ednaldo Rodrigues será reeleito em chapa única
Presidente registra chapa com apoio maciço de clubes e federações, enquanto mudança no estatuto abre caminho para possível permanência no cargo por mais de uma década.

Em um cenário de consenso e sem adversários, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, de 71 anos, formalizou nesta quarta-feira (19) sua candidatura à reeleição para o pleito que será realizado na próxima segunda-feira (24). Com o apoio unânime de 13 clubes da Série A, 13 da Série B e das 27 federações estaduais, Ednaldo se tornou o único postulante ao cargo e será reconduzido por aclamação, permanecendo na presidência até março de 2026. Além disso, uma recente mudança no estatuto da entidade permitirá que ele busque uma nova reeleição ao fim do próximo mandato, podendo se manter no comando da CBF até 2034.
Continua após a publicidade:
Em declarações à “CBF TV”, Ednaldo destacou o caráter democrático do processo eleitoral, que seguiu os ritos estabelecidos pela Fifa, Conmebol e pelo próprio estatuto da confederação. “Foi uma união democrática, um processo eleitoral que segue um rito estabelecido pela Fifa, Conmebol e CBF, dentro do seu estatuto, e para o qual tivemos significativas subscrições. Foram 27 federações e também 13 clubes da Série A e 13 clubes da Série B”, afirmou.

O presidente também enfatizou suas prioridades para o próximo mandato, com foco no combate ao racismo e na promoção da inclusão social. “Com isso, a gente vai procurar fazer um mandato que busque cada vez mais o fomento do futebol brasileiro, lutando pela purificação desse futebol e pela inclusão social e principalmente no combate ao racismo e a todo tipo de discriminação”, declarou.
Desistência de Ronaldo e cenário de consenso
A eleição, que poderia ter sido marcada por uma disputa acirrada, ganhou contornos de unanimidade após a desistência do ex-atacante Ronaldo, que havia anunciado sua candidatura em dezembro de 2023. O Fenômeno, no entanto, decidiu abandonar a corrida na semana passada devido à falta de apoio das federações estaduais. Para concorrer, era necessário obter o respaldo de pelo menos quatro federações e quatro clubes das Séries A e B – um cenário que não se concretizou para o ex-jogador.
O colégio eleitoral da CBF é formado por 26 federações estaduais e a do Distrito Federal, cujos votos têm peso três, além dos 20 clubes da Série A (peso dois) e dos 20 clubes da Série B (peso um). Esse sistema garantiu a Ednaldo uma base sólida de apoio, consolidando sua liderança à frente da entidade.
Trajetória e futuro na CBF
Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da CBF em 2021, inicialmente de forma interina, após o afastamento de Rogério Caboclo. Em 2022, foi eleito oficialmente para o cargo e, desde então, tem trabalhado para ampliar sua influência no futebol brasileiro. A recente alteração no estatuto da confederação, que permite a disputa de uma nova reeleição ao término do próximo mandato, abre caminho para que ele permaneça no comando da entidade por mais de uma década, até 2034. Com a reeleição praticamente garantida, o desafio de Ednaldo será conduzir a CBF em um momento de transformações no futebol nacional, buscando equilibrar as demandas dos clubes, federações e torcedores, além de enfrentar questões estruturais como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no esporte.













@vitoriadaconquistanoticias
Grupo WhatsApp