do R7
Advogados estudam medidas para tentar soltar o governador afastado do DF antes disso

O governador afastado do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (sem partido) pode ficar até 83 dias preso. Esse é o prazo legal de um pedido de prisão preventiva. A defesa do governador afastado estuda medidas para tirá-lo da prisão antes disso, mas descartou um pedido de reconsideração ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decretou a prisão na tarde de quinta-feira (11).
Um dos advogados de Arruda, José Gerardo Grossi, esteve na superintendência da Polícia Federal (PF) no último sábado para visitá-lo e falou sobre as possibilidades de defesa do governador.
– Não se pode apostar tudo em uma ficha só. O que poderia ser feito agora seria um pedido de reconsideração ao STJ. Mas como não há nenhum fato novo, nenhum novo argumento, não é provável que um tribunal volte atrás de uma decisão recente.
A defesa entrou com pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas teve o pedido negado em decisão liminar assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello nesta sexta-feira (12). A corte tem prazo de até 30 dias para julgar o mérito do habeas corpus. A próxima sessão plenária do Supremo está marcada para quarta-feira de Cinzas.
-O Supremo tem os seus prazos e o advogado não interfere nos prazos. O prazo de validade de uma prisão preventiva é de 83 dias. Nesse prazo o processo dele deve ser julgado, e ele ter uma sentença, de absolvição ou condenação.
Ontem, a Polícia Federal cumprir 21 mandados de busca e apreensão em nova ação do caso que envolve Arruda. A Operação se concentrou no Palácio do Buriti, sede oficial do governo distrital, e no Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, conhecido como Buritinga. Doze desses foram em residências, onde foram recolhidos documentos e computadores. Em uma das casas foram apreendidos US$ 2,6 mil e R$ 1 mil.
Os endereços e os nomes dos envolvidos, no entanto, foram mantidos em sigilo pela PF, que não prendeu nenhum novo suspeito.
Arruda está preso desde a última quinta-feira por determinação da Justiça na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele é acusado de tentativa de suborno a testemunha do mensalão do DEM, mas nega participação. Outras cinco também estão presas na penitenciária da Papuda.
Após a prisão do governador, o vice Paulo Octávio assumiu o comando do DF. Contra ele, a Câmara Legislativa do Distrito Federal recebeu na última sexta-feira quatro pedidos de impeachment. Dois pedidos vieram de partidos – PT e PSB – e outros dois da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do DF e da OAB-DF (Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil).

















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