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Artigo: Debate na TV Sudoeste . ‘O covarde político’

Por Gutemberg Macedo Jr. | Advogado

Covarde Político. Não há outro termo para se definir a postura de quem, exercendo o cargo máximo de prefeito do município, num processo eleitoral, deixa de participar de todos os debates políticos entre os candidatos ao cargo, privando a cidade de conhecer, analisar e comparar as propostas e o plano de governo defendido por seu grupo.

Em Vitória da Conquista, para quem conhece a história de luta desta cidade, tal postura, além de desrespeitosa para os cidadãos, tem uma gravidade muito maior, se considerarmos o nível de politização dos catingueiros do Planalto. Não foi nos omitindo ou fugindo ao debate político que construímos nossa sociedade. Não foi nos omitindo ou nos calando que fizemos resistência à ditadura militar. Não foi nos omitindo ou calando que conseguimos restabelecer o Estado Democrático de Direito em nosso país, para o exercício pleno das liberdades.

Vamos além, a eleição do grupo que governa esta cidade nos últimos 16 anos outra coisa não foi senão fruto desse passado de resistência democrática, iniciada no ano de 1964 com o advento do golpe militar. Naquela época, o prefeito democraticamente eleito foi violentamente cassado do cargo e preso por defender a democracia e a liberdade política.

Não foi calando ou se omitindo que a Cidade resistiu àquele período de trevas, de obscurantismo político. Não foi se escondendo em ações populistas, sob o manto da publicidade enganosa, como se usufruíssemos da melhor qualidade de vida, que sobrevivemos à perseguição do Carlismo e da Ditadura Militar. Ao contrário, lembro-me muito bem que, quando ainda pequenos íamos à praça pública para ouvir e aprender com as vozes que se levantaram nesta cidade contra os militares. As praças se enchiam de um povo perseguido, mas orgulhoso e fiel à sua história de resistência e de protesto contra a opressão.

Hoje, praças vazias, povo desalentado, jovens com aversão à atividade política, escândalos nacionais nunca antes vistos, como o mensalão, comandado justamente pela agremiação partidária que ajudamos a chegar ao poder sob a bandeira da ética e da moralidade pública. Honestidade e coerência política não são virtuosismos, mas obrigação de todos aqueles que têm consciência e compromisso com a coisa pública.

Ontem, o exemplo do atual prefeito, de furtar-se ao debate com seus concorrentes, de mostrar à cidade a diferença de seu plano de governo ou prestar contas das obras realizadas nos períodos em que governou, é de todo lamentável, é de todo censurável, uma nódoa na história política de nossa cidade, que merece a repulsa dos jovens e de todos os cidadãos de bem que vivem em nossa querida Vitória da Conquista.



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