Cinzas fecham boa parte do espaço aéreo europeu nesta sexta-feira com reflexos no Brasil, EUA e Ásia
do G1
Europa deve cancelar mais da metade dos voos. Em Londres, aeroportos seguem fechados até sábado (17).
A gigantesca nuvem de cinzas de um vulcão islandês seguirá provocando caos aéreo na Europa nesta sexta-feira (16), deixando centenas de milhares de passageiros no solo. A Agência Europeia de Controle Aéreo (Eurocontrol) informou que a maior parte do espaço aéreo europeu deve seguir fechada por 24 horas. A Eurocontrol prevê o cancelamento de mais da metade do voos na Europa. Das 28 mil operações previstas, apenas 11 mil devem ocorrer.
A Grã-Bretanha, por exemplo, anunciou que fecharia seu espaço aéreo até pelo menos às 18h local (14h em Brasília) desta sexta. Mas autoridades da aviação estenderam a paralisação até sábado.
Um porta-voz do aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado da Europa, disse que até 1.250 voos foram afetados na quinta (15), prejudicando 180 mil passageiros. Mais de 120 mil não puderam viajar a partir de Gatwick, Stansted e Glasgow (Escócia). Autoridades do aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, informaram que o complexo está paralisado desde 1h34 (horário no Brasil) desta sexta, sem previsão de reabertura.
O porta-voz da Eurocontrol, Brian Flynn, disse ainda que o problema poderá persistir no final de semana, e que aeroportos de Bruxelas, Amsterdã e Genebra cancelaram operações, assim como o de Helsinque. A Polônia fechou quase todo seu espaço aéreo – exceto na Cracóvia e em Rzeszow.
Prejuízos
Com aviões no chão, as companhias aéreas devem acumular prejuízos. A Associação de Transporte Aéreo Internacional informou que as empresas começaram a sair da recessão apenas nos últimos dias.
EUA
David Castelveter, porta-voz da Associação de Transporte Aéreo da América informou que as companhias aéreas ligadas à instituição já paralisaram mais de 100 voos entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
Ásia
Companhias aéreas na Ásia também cancelaram a maior partes dos voos com destino à Europa, deixando milhares de usuários no solo. A companhia australiana Qantas afirmou que não espera alterações no quadro nas próximas 24 horas, e prevê que a situação pode piorar. “Nossa opinião é que o problema deve prosseguir até domingo (18)”, afirmou o porta-voz David Epstein.
Cancelaram voos para a Europa ainda companhias do Japão, Coreia do Sul e Singapura. A cratera em erupção desde quarta-feira (14) está sob a geleira de Eyjafjalla. A nuvem de cinzas tem de 6 km a 11 km, e contém pequenas partículas de vidro e de rocha pulverizada que podem danificar motores e fuselagem dos aviões.
Voos cancelados também no Brasil
A erupção vulcânica que fechou vários aeroportos da Europa forçou a companhia aérea British Airways a cancelar ao menos quatro voos previstos para esta quinta-feira (15). Existe ainda a possibilidade de outra viagem, Guarulhos-Londres, prevista para as 16h15, ser cancelada.
A Airfrance cancelou um voo que sairia de Guarulhos às 4h15 com destino a Paris. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, os passageiros serão realocados em outros voos, de acordo com a disponibilidade. A Airfrance recomenda que os passageiros entrem em contato com a companhia antes de ir ao aeroporto.
Outra companhia aérea afetada pelo vulcão foi a TAM. O voo JJ 8084, que partiu do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, às 0h04 desta quinta-feira, com destino a Londres, teria que ser alternado para Paris, na França, ou Madri, na Espanha, dependendo da condição de cada aeroporto. As operações nessas cidades, no entanto, também foram afetadas, e há atrasos e cancelamentos.
Até as 14h, a Infraero, companhia que administra os aeroportos brasileiros, registrava oito voos internacionais atrasados e um cancelado. Os números são considerados normais pela Infraero.













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