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Carta resposta do PT de Conquista

da Ascom | PT – VC

NOTA POLÍTICA

O presidente do PSB de Vitória da Conquista – Gildelson Felício – divulgou um artigo intitulado “O PT venceu. Viva Ciro Gomes”, no qual agride o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula.

Não fosse o PSB, aliado histórico do projeto democrático-popular em Vitória da Conquista e o articulista o seu presidente, certamente o artigo não teria nenhuma importância e simplesmente iria somar-se à enxurrada de insatisfações que o sucesso do governo Lula provoca nas forças conservadoras, que continuam tentando retroceder a caminhada do Brasil rumo a uma nação democrática, soberana e desenvolvida com mais justiça social e igualdade.

Resumidamente, o presidente municipal do PSB argumenta que o PT e o presidente Lula pressionam a direção nacional dos socialistas a desistir de lançar o deputado federal Ciro Gomes como candidato à presidência da república, acentuando o caráter plebiscitário das próximas eleições. Essa estratégia, no entendimento do mandatário do PSB, equipara-se às ações da ditadura militar, quando os partidos políticos foram extintos, permitindo-se, apenas, a formação artificial de dois partidos: ARENA e MDB. Como está evidente que o articulista parece desconhecer os métodos e objetivos do período histórico do regime ditatorial essa comparação não merece comentários. Além disso, o artigo argumenta que a ausência de um candidato do PSB à presidência da república, diminuiria o poder de negociação do Partido em eventual segundo turno.

Realmente, tal miopia política está carregada de oportunismo, de partidarismo estreito e não consegue alcançar o que está em disputa no Brasil, cujo resultado influirá na correlação de forças da América Latina e talvez na própria arena mundial.

Independentemente, dos desejos e idéias do presidente do PSB o que está em jogo nas eleições presidenciais são dois projetos de poder, e caberá ao povo escolher um deles. Não há meio-termo nem alternativas. Ou aprofunda-se o processo em curso ou corre-se o risco de retrocesso. Dessa conjuntura política decorre o caráter plebiscitário do próximo pleito. Não é uma invenção de Lula ou do PT. A resolução da reunião da direção nacional do PSB, realizada em 27.04.2010, compreendeu muito bem essa situação ao afirmar: “(…) é dever das forças populares contribuirem para a continuidade desse projeto, a partir do qual o Brasil retomou o caminho do desenvolvimento econômico com maior repartição de renda e menor exclusão social”.

O PT de Vitória da Conquista concorda e aplaude inteiramente essa análise da direção nacional do PSB. Lamentável, que o presidente local do PSB não a entenda ou dela discorde.

O Partido dos Trabalhadores aprovou, por unanimidade, a prioridade de eleger Dilma Roussef para garantir a continuidade do Governo Lula. Para cumprir essa diretriz maior devem-se subordinar as questões regionais, locais e pessoais.

Não é verdade que o PT considera apenas seus próprios interesses regionais e de suas lideranças. Basta analisar o mapa de alianças majoritárias nos estados. O partido apóia indiscriminadamente candidatos a governadores e senadores de todos os partidos coligados. Alguns até difíceis de serem aceitos pela militância petista, inclusive, em certos casos, abafamos legítimas pretensões de personalidades partidárias como no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão. O PT recebe com entusiasmo os candidatos ao governo dos estados de Pernambuco, Ceará e tantos outros. Aqui, na Bahia, com orgulho e convicção vamos ajudar a eleger Lídice da Mata a primeira senadora do estado da Bahia.

Portanto, o leque de alianças desmente as acusações de exclusivismo e arrogância do PT, desferidas por Gildelson Felício no seu artigo.

A afirmação de que a direção nacional do PSB está transformando-o em “um simulacro de partido”, porque está submetendo-o à decisão de Lula, não faz justiça à grandeza e coerência do Partido Socialista. A decisão política de não indicar candidato próprio, firmando-se as condições para apoiar, desde já, a candidatura de Dilma Roussef, foi aprovada por 20 dirigentes da Executiva Nacional, sendo que apenas 3 foram contrários. Em relação aos Diretórios Regionais apenas 7 não aprovaram essa decisão. Vale destacar que o Diretório da Bahia acompanhou a ampla maioria e concordou que o partido não deve lançar candidato próprio à sucessão presidencial.

Portanto, não de trata de pressão do presidente Lula, mas, sim, de acertada decisão da ampla maioria do partido, da qual, isoladamente, o presidente do PSB de Conquista discorda e buscar transformar em fato político a sua opinião.

Também merece uma análise o conceito do articulista sobre o estatuto de dois turnos nas eleições. Segundo ele, o PSB deve sempre apresentar candidato ao Executivo no primeiro turno para negociar posições ou apoio no segundo turno. Essa tática eleitoral é repleta de oportunismo e transforma alianças políticas em puro jogo de interesses. O PT propõe coligações movidas pelas propostas políticas, administrativas e de acordo com as aspirações populares. Caso essa estratégia de dois turnos torne-se uma regra geral para o PSB, em Conquista, esse partido da coligação municipal, está realizando um movimento antecipando a sucessão municipal, uma vez que, a priori, definiu-se pelo lançamento de candidato próprio no primeiro turno.

O PT compreende a insatisfação de Gildelson Felício com a maioria de seu partido. Como dirigente importante e histórico do PSB tem o direito e o dever de manifestar-se sobre as questões políticas da agremiação. Mas, não há como aceitar que suas contrariedades internas sejam descarregadas contra o PT, o presidente Lula e a candidata Dilma Roussef.

Queremos e louvamos a aliança com o PSB, o PCdoB e as demais forças populares e progressistas. Da mesma forma, que respeitamos a decisão do PV e da candidata Marina Silva. Respeitamos a independência de cada partido, suas direções e resoluções, porque brevemente a história mostrará os resultados das decisões políticas e eleitorais.

Esperamos que o artigo de Gildelson Felício reflita apenas a sua opinião pessoal, ou de uma pequena parcela do PSB de Conquista, e, não seja produto de um comportamento partidário denunciado pelo ex-presidente do PSB – Boaz Rios – que na sua carta de desfiliação afirma textualmente – “tratamento desrespeitoso e injusto dispensado a essas lideranças” e , finaliza na mesma carta de renúncia– “pela forma injuriosa que a presidência do Partido tem sido tratada”.

O PT entende que o infeliz artigo do presidente atual do PSB, enquadra-se pelo seu conteúdo desrespeitoso e injusto e pelas agressões injuriosas no comportamento denunciado pelo ex-presidente do PSB- Boaz Rios.

Direção Municipal do Partido dos Trabalhadores

Vitória da Conquista – BA, maio de 2010



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