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‘Nosso Natal acabou’, diz moradora de casa que desabou em São Paulo

G1

Moradores relatam, aliviados, como vidas foram salvas nesta quarta-feira. Eles lamentam, no entanto, perda de móveis e até de alimentos para a ceia.

A auxiliar de escitório Patricia Rodrigues chora ao deixar casa interditada

Moradores da Rua Mendonça Drummond, na Zona Leste de São Paulo, relataram aliviados como eles mesmos e até seus bichos de estimação escaparam do desmoronamento em série que abalou dezenas de casas nesta quarta-feira (8), mas lamentaram a perda de móveis, da reforma da casa e até de alimentos já comprados para a festa de Natal. Pelo menos 21 casas foram afetadas pelo deslizamento e 45 devem ser interditadas.

“Nosso Natal acabou, compramos a árvore, mas vamos ter que passar a noite na rua”, disse chorando a auxiliar de escritório Patricia Rodrigues, de 24 anos, que, na tarde de quarta, tentava fazer caber dentro do Fusca do pai tudo o que tinha dentro de casa. Mãe da pequena Letícia, de 3 anos, ela disse que passaria a noite na creche da filha. O pai de Patrícia, João Carlos Rodrigues, de 45 anos, fez várias viagens até a Vila Formosa para deixar parte dos móveis com a sogra. “Está muito arriscado, porque pode cair”, afirmou.

A dona de casa Sandra Regina Brandt, de 42 anos, conta que saiu de casa para fazer a matrícula de uma de suas três filhas e, quando voltou, não podia mais entrar. Assim mesmo, desobedeceu o guarda para salvar seu cachorro, Toby. “Ele falou que não podia e colocou a mão no portão, mas assim mesmo eu fui porque o Toby tem medo até de chuva”, contou. Sandra conta que perdeu móveis comprados há 10 dias para a cozinha. “As paredes estufaram, o azulejo quebrou”, conta ela. Quase avó, ela deve passar o Natal na casa de parentes. O cachorro vai para a casa de uma vizinha. Apesar do contratempo, Sandra diz que terá um Natal feliz. “Vai ser feliz porque estou viva e com os meus filhos”, afirmou.

Penélope Lima, de 16 anos, tinha os olhos vermelhos de chorar. “A gente batalha muito e gasta muito suor para conquistar”, afirmou. A casa da tia dela foi uma das afetadas pelo desmoronamento em série. A tia dela, a encarregada de limpeza Rosângela Aparecida conta que tudo ruiu repentinamente, após um estalo como o de madeira quebrando. A cachorra Pantera latia sem parar, o gato chamado pela dona de Luciano, sumiu. “Caiu uma parte, subiu muita poeira, mas ficou uma casinha no meio. Quando ela caiu, veio tudo rasgando”, contou.

Casas interditadas

O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, disse na tarde desta quarta-feira (8) que pelo menos 45 casas deverão ser interditadas pela Defesa Civil por conta do deslizamento de terra.  Ninguém ficou ferido.

Além das 21 residências afetadas diretamente pelo deslizamento, outras 24 deverão ser interditadas na região. Segundo o secretário, engenheiros da Prefeitura inspecionam cerca de 120 imóveis do quarteirão que também podem ter sido afetadas.

Camargo afirmou que, das famílias que já foram atendidas pelo serviço social, a maioria foi deslocada para casas de parentes e uma foi encaminhada para um abrigo. Ele disse que disponibilizará para os desabrigados um espaço cedido pela Secretaria Municipal de Esportes.

Imagens do desabamento

Imagens registradas por moradores do Jardim Maringá, na Zona Leste de São Paulo, mostram o momento em que casas da região desabaram nesta quarta-feira (8). Pelo menos 21 casas foram afetadas pelo deslizamento e 45 devem ser interditadas. Os moradores foram retirados a tempo e ninguém ficou ferido.

O desmoronamento ocorreu pouco depois das 16h. Geólogos estiveram no local para avaliar o que causou o acidente. A Defesa Civil continua em alerta, já que há riscos de mais deslizamentos, principalmente se voltar a chover.

“Nós continuaremos fazendo vistorias e podermos ter novas interdições, mas provavelmente esse número é quase definitivo. Vamos fazer as retiradas dos bens dessas pessoas, e acompanhando no sentido de acalmar a população”, explicou o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima.

Algumas famílias decidiram passar a noite em frente às casas interditadas, vigiando o que não pôde ser retirado. No começo da madrugada, a chuva forte assustou quem estava no local. Durante a madrugada, foram ouvidos vários barulhos vindos dos escombros.

Foram os próprios moradores que perceberam o problema e viram rachaduras durante a manhã. Eles acionaram a Defesa Civil e foram retirados de suas casas. Muitos tiveram tempo apenas de pegar alguns pertences. Segundo a Prefeitura, apenas uma família solicitou abrigo – as demais preferiram seguir para casa de parentes e amigos.

O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, afirmou que a área em aclive foi ocupada irregularmente há 20 anos e já fazia parte de um diagnóstico elaborado pela Prefeitura e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como área de risco. Ele reconheceu, porém, que partiu dos moradores o aviso para que equipes de emergência atendessem a ocorrência.

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