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Chip do boi rastreia o seu churrasco

do Info Online
O chip permite o rastreamento e também facilita os trabalhos na fazenda

Imagine comprar uma carne no supermercado e, pelo código de barras, saber tudo sobre o boi que dará origem ao seu churrasco – da fazenda na qual o animal foi criado até seu histórico de vacinas e data de abate.

Essa é uma realidade que pode não estar tão distante assim do Brasil. Com o projeto de implementação nacional do Chip do Boi, o governo federal pretende tornar rastreável toda a carne produzida no país.

A tecnologia está sendo desenvolvido pela CEITEC S.A (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada), estatal federal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, líder em semicondutores da América Latina.

O chip permite que a rastreabilidade das informações sobre os animais seja feita totalmente de forma eletrônica, eliminando o erro humano na coleta de dados. “O brinco com o chip funciona como o CPF dos animais”, explica Eduard R. Weichselbaumer, presidente da Ceitec. “Ele é uma referência para encontrar em um banco de dados informações como data de nascimento, quem são os pais, vacinas válidas, manejo e etc”.

Como funciona

O sistema vem com um software de banco de dados, um coletor e um brinco que contém um chip e uma antena. Para colher informações sobre o animal, basta aproximar um bastão com um leitor do chip. Elas são repassadas a um computador por meio de cabo ou rádio.

O chip é de baixa freqüência, não possui bateria e é carregado energeticamente pelo sinal do leitor. No caso de uma pesagem ou vacinação, por exemplo, a economia de tempo e a confiabilidade dos dados é muito grande, como explica Weichselbaumer.

“Com o leitor colocado no portão de pesagem, basta o animal passar que seu número e o peso são enviados para o computador e ficam armazenados em um banco de dados. Com as duas tecnologias anteriores, os brincos com números e com código de barras, o trabalho é enorme: é preciso ditar o que está escrito ou assegurar que o brinco esteja limpo para a leitura do código”, diz ele.

Um dos exemplos da praticidade foi um teste realizado em uma fazenda em Mato Grosso do Sul, no qual a tecnologia do chip do boi reduziu de cinco horas para 15 minutos a pesagem do gado – uma diminuição de 95%. “Além do tempo temos a confiabilidade, já que o a margem de erro do chip fica em torno de 0,001%”, diz Weichselbaumer.

Brasil

Esse é um fator importantíssimo para o mercado brasileiro, pois a rastreabilidade vem sendo cada vez mais exigida por países compradores de carne. Em 2008, por exemplo, a União Européia embargou as importações de carne bovina brasileira alegando falhas no sistema de controle nacional. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, até hoje, as compras não voltaram ao mesmo volume de antes do embargo.

O medo não é só o de carne contaminada, como a doença “da vaca louca”, mas existe cada vez mais um controle europeu para bloquear consumo de carne criada em áreas de desmatamento. Com a rastreabilidade, é possível certificar que a fazenda é licenciada – e evitar a venda do chamado “Boi pirata”.

O chip do boi, portanto, faz parte de uma estratégia nacional para não só desenvolver um padrão brasileiro de rastreabilidade (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos – Sisbov)como garantir a posição do país como maior exportador mundial de carne bovina. Ao todo, são criadas 200 milhões de cabeças de gado no país e as exportações do setor ultrapassam R$ 2 bilhões.

“Isso traz vantagens para o país, o fazendeiro e o consumidor”, diz Weichselbaumer. “Na Europa isso já é obrigatório. O sistema ajuda a aumentar a produtividade nas fazendas e ajuda o governo a administrar e controlar doenças nas fronteiras brasileiras”.

A popularização do chip deve acontecer em breve. A Ceitec está realizando testes de campo desde novembro de 2009 e já chegou à última etapa antes da produção em escala comercial do produto – que deve começar no segundo semestre. Segundo o presidente da empresa, os brincos comercializados que não possuem chip custam cerca de R$2. Já os concorrentes internacionais que têm chip chegam a custar RS$7 a peça – enquanto o produto da Ceitec, que será produzido 100% no Brasil, custará entre R$2 e R$3 a unidade para grandes volumes.

“No futuro, podemos pensar em um sistema da fazenda ao supermercado. Você compra uma picanha que tem código de barras na embalagem e sabe de quem é esse animal, que dia foi abatido, qual fazenda, qual vacinação… É o rastreamento completo”, diz Weichselbaumer.



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