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Mini-apagão aéreo da Gol aumenta número de queixas nos aeroportos

do G1

Em São Paulo e no Rio foram registradas 50 reclamações. Em Brasília foram 34; a maioria referente à Gol.

Pelo menos 84 reclamações foram registradas até o início da noite desta segunda-feira (2) nos cinco aeroportos que têm juizados especiais, de acordo com levantamento do G1. Levantamento parcial registrado no fim da tarde em quatro aeroportos contabilizava 76 queixas.

Este foi o primeiro dia de atrasos significativos após a instalação dos juizados, há uma semana, nos aeroportos de São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Rio (Tom Jobim e Santos Dumont) e Brasília (Juscelino Kubitschek).

Os juizados começaram a funcionar no dia 23 de julho para solucionar problemas de passageiros referentes a atrasos e cancelamentos de voos e extravio, violação ou furto de bagagem, sem a necessidade da presença de um advogado.

Problemas com a companhia Gol aumentaram as queixas nos juizados nesta segunda-feira. O Juizado Especial do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, recebeu 34 reclamações de passageiros por problemas com voos até as 17h30 desta segunda. A maior parte das reclamações (22) foi por problemas com a Gol. Segundo o juizado, todas as reclamações foram por atrasos.

O Juizado Especial  no Aeroporto de Congonhas registrou dez reclamações até as 17h, oito referentes à Gol. Dessas, seis audiências de conciliação terminaram sem acordo e duas ainda estavam em andamento no horário. Em Guarulhos, foram oito reclamações, cinco delas referentes à Gol. Do total, cinco terminaram em acordo.

No Tom Jobim foram feitas 27 reclamações e um acordo. No Santos Dumont, foram 5 reclamações e  4 acordos. As petições iniciais serão distribuídas para varas do estado do Rio.

Em Congonhas, no domingo (1º), durante todo o dia foram registradas 12 queixas – nove tendo a Gol como alvo. Dessas, cinco terminaram em acordo com os passageiros. Na sexta, foram oito queixas (sete contra a Gol, com apenas um acordo). Segundo funcionários do juizado, por dia são feitas normalmente 2 ou 3 reclamações.

Atrasos
Balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aponta que, dos 1.521 voos domésticos previstos até as 16h nos principais terminais aéreos do país, 396 sofreram atrasos de mais de 30 minutos (o equivalente a 26% do total). Isso significa que, em cada quatro voos, pelo menos um ocorreu fora do horário programado. Outras 80 operações foram canceladas (5,3%).

Por meio de nota, a Infraero informou que “está monitorando os transtornos ocorridos nesta segunda-feira em função dos atrasos nos voos da companhia aérea Gol”. Dos 540 voos da companhia marcados até as 16h, 294 tiveram atrasos (54,4%).

De acordo com a Gol, os atrasos são reflexos do intenso tráfego aéreo na sexta-feira (30), quando a empresa teve de transferir algumas partidas programadas do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, para o Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

A assessoria da Gol disse que, na sexta, as tripulações atingiram o limite de horas de trabalho e não puderam seguir viagem. A Gol aponta também o aumento no movimento com o fim das férias escolares.

Passageiros

A dentista Maria Beatriz Gomide, de São Paulo, deveria ter embarcado às 11h, com chegada prevista às 12h40 em Brasília, para participar de um curso de ortodontia para adultos às 14h. Ela só conseguiu chegar a Brasília às 16h e perdeu o curso.

“Deixei de trabalhar para me aprimorar profissionalmente. Até pedi para a empresa me realocar em voo de outra companhia, mas mesmo assim acabei perdendo o curso”, afirmou Maria Beatriz ao G1.

A empresária Renata Garcia de Carvalho ia de Brasília para Caxias do Sul (RS). Com o cancelamento do voo, foi realocada para Porto Alegre e aguardava o embarque. “Estou indo atrasada e para Porto Alegre. A empresa não me ofereceu transporte para Caxias do Sul.”

A Gol, por meio de sua assessoria, informou ao G1 que “vem prestando todo o atendimento de acordo com as regras estabelecidas pela Anac”. A companhia aérea, contudo, diz que os passageiros precisam procurar os balcões da empresa para registrar reclamações e pedidos. Só assim, argumentou a empresa, terá condições de atender aos passageiros que se sentem prejudicados.

Por volta das 17h15 desta segunda-feira (2), a dona de casa Karine Pepineli, de 36 anos, aguardava a tentativa de conciliação em uma sala do juizado em Congonhas. Ela, o marido e dois filhos saíram de Maringá, no Paraná, e deveriam ter chegado a Maceió por volta das 15h. Com os atrasos, ela previa o pouso na capital alagoana, onde a família decidiu passar alguns dias de férias, para o fim da noite ou a madrugada desta terça-feira (3).

O voo sairia de Maringá no início da manhã, faria escala no Rio de Janeiro e seguiria para Maceió. A família embarcou no aeroporto do Paraná apenas no começo da tarde. O voo fez uma escala em Congonhas. Enquanto aguardava o novo embarque para o Rio, de onde prosseguirá a viagem, ela tentava distrair o filho de 2 anos, que chorava muito. “Ele está acordado desde as 3h, não consegue dormir”, disse a mãe. A dona de casa decidiu ir até o juizado para reivindicar um carrinho para o menino descansar. “Ele tentou dormir até no carrinho de bagagem”, afirmou.

O gerente de manutenção Sebastião Ferreira, de 56 anos, chegou a um acordo com a companhia aérea. Ele deveria ter voltado de Porto Alegre na noite de domingo, mas só chegou à capital paulista às 13h55 desta segunda-feira (2). Com o atraso, Ferreira perdeu o dia de trabalho. O acordo fechado no juizado prevê que a empresa providencie documentos que comprovem o atraso, para que o gerente possa apresentar no trabalho, e o ressarcimento de metade da passagem. “Satisfeito a gente nunca fica, mas fica uma lição para que as coisas melhorem”, afirmou, ao deixar a sala do juizado.

Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cobrou explicações da Gol sobre os atrasos e cancelamentos de voos e informa que também está acompanhando a situação nos aeroportos. De acordo com a agência, a companhia informou que houve “um problema no software que processa as escalas de trabalho de seus tripulantes, durante o fim de semana”. A legislação prevê, segundo a Anac, que um tripulante de avião a jato não pode exceder 85 horas de voo por mês, 230 horas por trimestre e 850 horas por ano.

A agência afirma ainda que, caso o passageiro tenha queixa em relação ao atendimento, pode registrá-la pelo telefone 0800-725 4445 ou pela internet.

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