Capital Inicial encerra a segunda noite do Festival de Inverno, que também teve o retorno dos Titãs

do Correio*

Banda apresentou a turnê de divulgação do novo disco ‘Das Kapital’. Um ano após cancelarem apresentação no FIB 2009, a banda Titãs finalmente reencontrou Vitória da Conquista.

Quando as luzes se apagaram, o som de “Smells Like Teen Spirit”, canção criada por Kurt Cobain (líder do Nirvana) e que marcou uma geração, subiu em alto e bom som dando, assim, uma ideia do que seria o show do “novo” Capital Inicial: mais orgânico, mais poderoso e harmonioso.

A banda fechou a segunda noite do Festival de Inverno 2010 com muito rock n’ roll. Misturando o show com músicas do novo disco, ‘Das Kapital’, e sucessos que consolidaram o grupo ao longo dos anos, fazendo uma apresentação cheia de efeitos especiais.

“O show representa aquilo que a gente fez no disco novo. Gravamos dessa vez de um modo diferente. Mantivemos o vocal mais baixo em relação a outros discos. Convidamos um produtor de fora, porque eu acredito que existe um problema com os produtores nacionais em relação ao som que a gente faz”, disse Dinho Ouro Preto durante uma entrevista ao CORREIO.

Ele ressaltou ainda que o rock sempre se caracterizou por deixar os instrumentos em volumes muito mais altos que os próprios vocais. “A nossa banda está com uma vitalidade incrível, tocando talvez de uma forma que a gente nunca tocou”, completou Dinho.

Entre as músicas apresentadas, o Capital Inicial tocou sucessos como “Fogo”, “Primeiros Erros”, “Independência”, “Natasha”, “Veraneio Vascaína”, dentre outras. A banda também apresentou para o público de Vitória da Conquista um pouco do seu repertório novo, que inclui “Ressureição” (faixa que abre o show), “Depois da Meia Noite”, “Vamos Comemorar” e “Marte em Capricórnio”.

Além disso, o Capital Inicial fez uma homenagem ao rock n’ roll, fazendo um cover de Led Zeppelin, além de também ter tocado “Mulher de Fases”, dos Raimundos. Neste domingo (22), o público de Salvador poderá conferir este novo show da turnê de divulgação do novo disco da banda, que se renovou mas não perdeu as suas raízes.

Titãs

“Será um show feito para os fãs”, foi assim que Paulo Miklos, da banda Titãs, disse durante uma entrevista concedida para o CORREIO. E foi exatamente isso que se viu quando a banda subiu ao palco principal do Festival de Inverno na noite deste sábado (21), em Vitória da Conquista. Eles deveriam ter tocado na edição do ano passado se não fosse por um problema na estrada até o município baiano.

“Cara, a gente tentou muito chegar aqui no ano passado. Foi uma decepção quando nos damos conta que isso não seria possível. Tudo que a gente quer agora é retribuir o carinho desse público”, disse o cantor Paulo Miklos.

Reunindo um sucesso atrás do outro, os Titãs mataram a vontade do público que estava esperando por eles no ano passado. Músicas como “Flores”, “Comida”, “Vossa Excelência”, “Polícia”, “Antes de Você”, e outros sucessos.

Durante a entrevista coletiva concedida antes do show, o guitarrista Tony Belloto falou que a banda vem tentando fazer um som mais diferente e que está começando agora, como este novo disco que foi lançado no ano passado.

Diogo Nogueira na abertura

O sambista carioca Diogo Nogueira foi quem abriu a segunda noite do Festival de Inverno neste sábado (21), em Vitória da Conquista. Ele apresentou um repertório variado, com músicas inéditas e outras regravações que fazem parte do seu segundo DVD.

Pela primeira vez em Conquista, o carioca contou que o público da Bahia sempre o recebeu de maneira muito carinhosa. “Eu estive no Festival de Verão neste ano, e agora aqui no Festival de Inverno, os baianos sempre me acolheram e mandaram uma energia muito bom para mim”, disse ele.

A partir do próximo mês, Diogo Nogueira começa uma turnê mundial de divulgação do seu segundo DVD, que foi gravado no Rio de Janeiro e teve participações de Chico Buarque e outros convidados. Ele passará pela Europa (Itália, Inglaterra, Portugal) e, antes de retornar ao Rio de Janeiro, passará também pelo Japão.

Durante uma entrevista após o show, Diogo Nogueira falou sobre o sucesso e o resgate do gênero e de como começou a sua carreira. “Meu pai sempre fazia rodas de samba lá em casa. Isso ficava na minha cabeça, no meu coração. Eu penso que o samba sempre teve o seu espaço, mas as portas se abriram por termos artistas como o Zeca Pagodinho. O samba vem vivendo um momento especial”, completou.