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Traficantes do Calabar ameaçam moradores após anúncio da instalação da primeira UPP de Salvador

Correio

SSP já treinou 150 oficiais, que ocuparão o bairro permamentemente, a partir da próxima semana.

Dividido por duas facções criminosas, o Calabar é um dos bairros mais violentos de Salvador

Os criminosos que atuam na área já mandaram o aviso: “‘Vão devagar!’ Foi esse o recado que recebemos. Eles estão com medo da megaoperação que vai ser feita aqui nos próximos dias”, contou um morador do Calabar, que pediu para não ser identificado.

O direito de ir e vir com segurança pelas ruas do bairro é definido como um “sonho” por moradores que, no centro da rivalidade entre traficantes, aguardam com otimismo e preocupação a implantação da primeira Base Comunitária de Segurança, a versão baiana da UPP.

No Calabar, os moradores vão acompanhar o início das mudanças no policiamento a partir da próxima semana. A ocupação permanente começará, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), com a identificação e prisão de criminosos e a aplicação do policiamento comunitário, 24 horas por dia. A ação será estendida até a implantação da Base Comunitária, prevista para o final de abril, nas instalações do Centro Comunitário do Calabar.

Para a ocupação permanente do local, 150 policiais militares tiveram treinamento financiado pelo Ministério da Justiça, através do método Koban, usado pelos japoneses e que tem como característica a parceria da polícia com a população.

MEDO

Quando caminhava pela avenida Maria Pinho, ontem de manhã, um morador do bairro, que pediu anonimato, contou que vinha naquele momento pensando no assunto. “Nós perdemos nossos direitos. Não podemos expressar momentos de felicidade porque pode ocorrer um tiroteio a qualquer momento”, reclamou. “Essa medida vai resgatar a moral e a cidadania da nossa gente. É nosso sonho e nossa esperança”.

A disputa do tráfico chegou a dividir o bairro entre as localidades de Camarão e Bomba. O morador fala que já pensou em ter uma “conversa” com os traficantes. “Já pensei em chamar e dizer: ‘Vendam suas porras, mas acabem com a matança de pessoas inocentes’. A rixa entre as gangues só nos prejudica, a ponto de um não poder passar pela rua do outro”, ressalta. Ele afirma que a comunidade está perdendo os jovens para o tráfico.

“É a porta de entrada. O menino começa como laranja, vira gerente e depois se torna um grande traficante. Os jovens estão sendo perdidos”, lamenta. Um comerciante da região completou: “Tenho amigos que não colocam os pés aqui. A melhor coisa que existe no momento é a implantação da Base Comunitária. Se funcionar como eles planejam vai ser bom para todos”, acredita.

No entanto, uma moradora manifesta preocupação quanto à implantação. “Não sabemos como será o trabalho. Além disso, outros pontos da cidade são muito mais perigosos. Há um temor com relação à atuação da polícia”, conta, reforçando, porém, que a comunidade apoia a iniciativa. “Estão todos dispostos a colaborar. Só questionamos a falta de esclarecimento”, sinaliza.

ASSALTOS

Além do tráfico, os assaltos frequentes na rua Ranulpho Oliveira preocupam. Quando um motorista reduz a velocidade do veículo para passar por dois quebra-molas, bandidos armados entram em ação. De acordo com um taxista que trabalha na região e pediu para não ser identificado, as ocorrências são constantes à noite. “Tenho clientes que se recusam a passar pelo local a qualquer hora do dia. Basta o motorista aliviar para que eles (os ladrões) assaltem. Já tomaram táxis e outros carros. Quem passa por lá em certos horários é depenado”, define.

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