Estadão
Amostras foram recolhidas muito próximos da região da usina, na sexta-feira, índice era de 140 superior ao permitido.
A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou neste sábado, 26, que detectou uma concentração de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao limite legal na água do mar na área próxima à usina nuclear de Fukushima.
Em entrevista coletiva, um porta-voz do organismo detalhou que os índices alarmantes foram detectados no início da manhã deste sábado em mostras de água do mar recolhidas muito perto da usina. O nível registrado ontem era 140 vezes superior ao limite. O índice deste sábado representa que, se um adulto bebesse meio litro desta água, receberia uma radioatividade de 1 milisievert, detalhou o porta-voz.
Os operários dão prosseguimento neste sábado aos esforços para restabelecer o sistema de resfriamento dos reatores, danificado pelo devastador terremoto e o posterior tsunami que em 11 de março assolaram o nordeste do Japão.
Na sexta-feira foram detectados altos níveis de radioatividade em água acumulada em vários locais da central, o que fez com que dois operários fossem hospitalizados e impediu a continuação dos trabalhos para ativar as bombas de água. Agora a empresa operadora da usina planeja como retirar a água contaminada das salas de turbinas de vários reatores.
Enquanto isso, continua a injetar água a partir de caminhões para evitar um superaquecimento: na sexta-feira começou a ser feito o lançamento de água doce sobre as unidades 1 e 3, em vez de água do mar, para evitar que o sal cristalizado bloqueie válvulas e encanamentos.
Neste sábado será feito o mesmo no reator 2, que hoje deve voltar a ter eletricidade, ao menos parcialmente, em sua sala de controle, algo que já acontece nos reatores 1 e 3. O reator 3 é considerado o mais perigoso, já que é o único que além de urânio contém plutônio.